A Associação Patriótica Católica (APC) da China ordenou ontem um novo bispo, depois de na semana passada ter ordenado outros dois sem autorização do Papa, informaram fontes eclesiásticas chinesas. A nomeação de Paul Pei Junmin como bispo auxiliar de Shenyang surge numa altura em que as ordenações dos dois bispos sem aprovação papal tinham congelado as negociações para o restabelecimento dos laços diplomáticos entre a China e a Santa Sé. A agência católica AsiaNews considerou que esta última ordenação é uma notícia “excelente”, enaltecendo as qualidades do novo bispo. A mesma agência cita fonte do Vaticano para assegurar que D. Pei Junmin “recebeu a aprovação do Santo Padre”. Esta aparente evolução na crise confirmaria a ideia de que a APC está cada vez mais isolada na sua política de confronto face ao Vaticano, com o próprio governo chinês a procurar abandonar essa linha dura. No entanto, Pequim continua a exigir o cumprimento de duas condições para aceitar uma conclusão positiva das negociações: que o Vaticano deixe de se ingerir nos assuntos internos da China e que deixe de reconhecer Taiwan.