D. Anacleto Oliveira falou das suas expectativas e preocupações
O novo Bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, pediu uma acção concreta em favor dos mais carenciados, lembrando em particular “os que têm estado a braços com os incêndios”.
Na homilia da Missa que marcou a entrada solena na Diocese, este Domingo, o prelado convidou os cristãos a estarem “dependentes uns dos outros, unindo os carismas que o Espírito do Senhor suscita em cada um”.
“Só assim, poderemos, para já, realizar plenamente o Projecto Pastoral Diocesano, escolhido para o triénio que termina no próximo ano: o de encarnarmos nas nossas vidas e levarmos outros a encarnar, conforme o título dado a esse Projecto, «A Palavra de Deus feita amor entre nós»”, indicou.
O Bispo de Viana disse, por outro lado, que “ainda hoje a Igreja sofre perseguições” e que “é sua missão assegurar que os seus membros se não deixem conquistar por tantos ídolos destruidores”.
Neste contexto, citou o dicurso de Bento XVI aos Bispos de Portugal, no último dia 13 de Maio, em Fátima, em que se criticavam os “crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã”.
No início da celebração, que decorreu na Catedral de Viana, o Núncio Apostólico em Portugal procedeu à leitura da Bula de nomeação.
D. Anacleto Oliveira fora nomeado no passado dia 11 de Junho para suceder a D. José Pedreira, que resignou ao cargo por ter atingido o limite de idade imposto pelo direito canónico.
O novo Bispo de Viana agradeceu ao seu precessor pela “disponibilidade” com que o guiou no “primeiro contacto com as gentes e as terras de Viana”, mantido há cerca de um mês.
“Nesse primeiro contacto fiquei com a impressão de que são grandes as expectativas que me esperam; o que é normal e até gratificante”, revelou.
“Perante tudo o que fui recebendo e presenciando, confesso que dei comigo a ver as coisas com olhos e sentimentos de uma criança, que se deixa encantar pelo que vê e espera – aquela maneira de ver e sentir de que só como adultos nos damos verdadeiramente conta”, acrescentou o Bispo de Viana, num tom mais intimista.
D. Anacleto Oliveira falou do “peso da responsabilidade” desta nova missão, “repartida pelas três funções de ensinar, santificar e governar, que, por sua vez, se realizam numa imensidão de actividades que envolvem um sem número de pessoas, como agentes e destinatários”.
Após recordar a sua experiência como Bispo Auxiliar de Lisboa, durante cinco anos, o prelado admitiu que vai agora encontrar “uma realidade diferente, quer a nível social, cultural e económico quer mesmo a nível religioso”.