Novo artesanato religioso precisa-se

A cooperativa Turel–Turismo Cultural e Religioso vai lançar o desafio aos artesãos e artistas da região para que concebam um novo artesanato religioso, no âmbito do “Ars Artium” – Salão de Artigos Religiosos, que este ano se realiza, em Abril, no Pavilhão Municipal de Barcelos, em parceria com a autarquia local. «Depois de em 2006 termos feito a experiência de organizar o primeiro Salão de Artigos Religiosos, no Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, quisemos, este ano, descentralizar esta iniciativa, propondo à Câmara Municipal de Barcelos a constituição de uma parceria, para a organização deste salão», afirmou ontem o presidente da TUREL, na apresentação da actividade. O cónego Eduardo Melo Peixoto salientou que, desde a primeira hora que a edilidade cooperante abraçou o projecto, «tomando-o também seu, e disponibilizando todos os meios para que este evento tenha um enorme sucesso». No discurso que tinha preparado para o efeito, aquele responsável recordou que a TUREL tem como base da sua constituição o estudo “Turismo Religioso – Promoção e Desenvolvimento do Turismo Religioso como Motor de Desenvolvimento Regional”. Ora, este estudo recomenda que uma das tarefas a desempenhar pela cooperativa é a identificação e o desenvolvimento do denominado artesanato religioso, bem como a criação de motivações para o aparecimento de um novo artesanato, incentivando os novos criadores. «Por isso, a edição deste ano do salão de artigos religiosos, não se limita apenas a mostrar o que já existe, mas pretende desafiar os artesãos a criar e apresentar novas peças e modelos», salientou o cónego Eduardo Melo Peixoto, acrescentando que, desta forma, A TUREL estará a contribuir para o aparecimento de novos produtos e de novos criadores. Salão de Artigos Religiosos Este salão é, na opinião do responsável pela sua organização, «um desafio» para os responsáveis pelas dioceses, paróquias, irmandades e confrarias, para os santuários e outras estruturas eclesiais, para que zelem pela qualidade dos artigos religiosos que estão à disposição do público em geral. «Muitas vezes é confrangedora a qualidade e o “designer” com que nos deparamos», frisou o presidente da TUREL, acrescentando que «a excelência e qualidade do turismo religioso passa, também, pela qualidade das lembranças que se coloca à disposição de quem nos visita». Por esta razão, o cónego Eduardo Melo Peixoto salienta que não se pode querer melhorar as receitas do turismo cultural e religioso se a oferta que se apresenta «é fraca e de má qualidade». O responsável lembrou que, na inauguração do primeiro salão, no ano passado, em Braga, o Arcebispo Primaz, afirmava que «a Igreja tem de pensar numa arte com qualidade, de tal maneira que aquilo que existe dentro das igrejas, dos templos e fora (nas casas) transmita a beleza de Deus». E recordou também que D. Jorge Ortiga exultou: «devemos ser rigorosos e teimosos em procurar trabalhar na beleza de Deus que se manifesta também a partir da arte sacra e dos artigos religiosos».

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