Novo apelo do Papa em favor da paz na Terra Santa

João Paulo II repetiu o apelo à justiça e à paz na Terra Santa, dirigindo-se em especial a israelitas e palestinianos. No Angelus de dia 15 de Junho o Papa mostrou-se muito preocupado com a espiral de violência no Médio Oriente. “Uma vez mais viveram-se dias de sangue e morte para os habitantes da Terra Santa, que entraram numa espiral sem fim de violência e represálias”, afirmou, referindo-se aos últimos e sangrentos acontecimentos que marcaram o pós-Cimeira de Aqba, na Jordânia, onde israelitas e palestinianos acordaram em implementar o “Roteiro de Paz”. “A todos gostaria de repetir o apelo que já muitas vezes dirigi no passado: não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão”, recordou o Papa, pedindo a toda a comunidade internacional que não se canse de ajudar as duas partes em conflito, para que se encontrem soluções que permitam um futuro em comum. SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS É INADMISSÍVEL Nas palavras que dirigiu aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa recordou que, no próximo dia 20 de Junho, se assinala a Jornada Mundial dos Refugiados, este ano dedicada especialmente aos jovens. «Do Deus comunhão surge a vocação de toda a humanidade para formar uma só grande família, na qual as diferentes raças e culturas se encontram e se enriquecem reciprocamente», afirmou no dia em que a Igreja celebrava a solenidade da Santíssima Trindade. João Paulo II destacou como “grave ofensa a Deus e ao homem toda situação na qual pessoas ou grupos humanos são obrigados a fugir da própria terra para buscar refúgio em outro lugar. No mundo, quase a metade dos refugiados são crianças e adolescentes; muitos deles não vão à escola, carecem de bens essenciais, vivem em campos de refugiados, ou inclusive, de detidos». «O drama dos refugiados exige da comunidade internacional compromisso para enfrentar não só os sintomas mas antes de tudo as causas do problema –assegurou–: ou seja, prevenir os conflitos, promovendo a justiça e a solidariedade em todos os âmbitos da família humana».

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