João Costa, da Diocese do Algarve, fala da pandemia, da JMJ 2023 e do crescimento depois das perdas
Faro, 06 jan 2021 (Ecclesia) – João Costa, jovem da Diocese do Algarve, disse à Agência ECCLESIA que a experiência do confinamento provocado pela Covid-19 levou a redescobrir o “essencial”, que nenhuma tecnologia pode preencher.
“Jesus Cristo preenche a nossa vida de uma forma que mais ninguém preenche. Este ano que passou foi incrível nesse sentido: a partir de março, podíamos ter tudo em casa – o melhor telemóvel, o melhor computador, se calhar durante uma semana ou um mês a Netflix, chegava. Mas depois, passado mês e meio, dois meses, vimos que aquilo não nos preenchia”, explicou o convidado de hoje das ‘Novas Conversas’.
“O que preenche, o que faz sentido é Deus e as relações pessoais. Foi muito importante, num ano tão desequilibrado como 2020, encontrarmos um calibrar da nossa vida para o que é essencial, a vivência com Deus, a vivência com os irmãos”, acrescenta.
João Costa recorda a “aprendizagem” que estes meses representaram para as novas gerações, que viram a sua realidade alterada, como aconteceu com o resto da sociedade, sendo colocados “à prova”.
“São privações que nos fazem mais forte”, admite, a respeito de um ano “muito desafiador” que leva a focar “no que é essencial, no que faz falta”.
O jovem perdeu o seu pai, em 2018, e sublinha que essa experiência marcante o faz “valorizar” mais o que o rodeia.
“Tudo muda num ápice”, admite.
A perda foi vivida com a ajuda da fé, agradecendo pelo “dom” da vida do pai e pelo “amor que fica”.
“A ausência do meu pai é algo que não posso mudar, mas a presença que deixou cá foi muito especial e muito importante”, acrescenta João Costa.
O responsável do Comité Organizador Diocesano para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, marcada para Lisboa, destaca a chegada dos símbolos da JMJ a Portugal como “presença viva” desta iniciativa.
“Está cada vez mais próximo, cada vez mais aí e é um desafio para continuarmos esta preparação cada vez mais empenhada, com mais fé”, refere.
O jovem assume que a proposta de “evangelização” lançada pelo Papa aos responsáveis pela organização da JMJ 2023 é uma construção, “não aparece do nada, é necessário trabalhar”.
“Há muitos jovens cada vez mais afastados daquilo que dá sentido à vida”, lamenta.
A JMJ, acrescenta, é “um dom de Deus” para mostrar uma Igreja “em saída”, para aqueles que procuram significado para a sua vida.
‘Novas conversas’ é o mote das ‘Conversas na Ecclesia’ no início deste ano, com o propósito de partilhar objetivos e desejos para 2021 de jovens de diversas regiões e latitudes, de segunda a sexta-feira, no sítio online da Agência ECCLESIA e na sua página na rede social Facebook.
OC