D. José Policarpo escreve Carta às Comunidades Cristãs do Patriarcado de Lisboa por ocasião do Dia da Igreja Diocesana Queridos Irmãos e Irmãs, Este tempo pascal que estamos a viver é o tempo da descoberta do mistério da Igreja. Esta é a comunidade dos discípulos que acreditam no Senhor Ressuscitado, que, com a força do Espírito Santo, desejam viver uma vida nova, deixando-se transformar pelo Espírito de Jesus e que, convocados pelos Apóstolos, primeiras testemunhas da Ressurreição, se reúnem para celebrar a Eucaristia, sacramento da contínua convivência do Ressuscitado. A Igreja de Lisboa está, este ano, a procurar ser fiel ao desafio de evangelização, lançado no Congresso. E as comunidades vivas, a viver no amor que se refresca e aprofunda à medida que cultivamos a intimidade com Cristo, são a principal força evangelizadora. No mundo em que vivemos, o Reinado de Cristo torna-se visível, antes de mais, pela autenticidade das comunidades cristãs. Como sabeis a Diocese ou Igreja particular, presidida por um Sucessor dos Apóstolos, é a expressão completa do mistério da Igreja. É por isso que todos os cristãos e todas as comunidades devem sempre relacionar a sua caminhada cristã com a alegria de pertencer a uma Igreja particular, no nosso caso a Igreja de Lisboa, a que, por graça de Deus, tenho a alegria de presidir. Mas para além desta consciência permanente de pertença à Igreja de Lisboa, há momentos celebrativos em que essa realidade se afirma explicitamente: a Festa da Dedicação da Catedral, a 25 de Outubro, a Missa Crismal em Quinta-Feira Santa e o Dia da Igreja Diocesana, na Solenidade da Santíssima Trindade, mistério de comunhão e fonte inspiradora da comunidade eclesial. Porque o dinamismo do Congresso exige de nós uma nova vitalidade, o Dia da Igreja Diocesana é celebrado, este ano, em dois dias: no dia 10 de Junho, no Parque das Nações, e no dia 11 na Igreja dos Jerónimos. É ocasião de assumir, em forma de programa, o dinamismo do Congresso. Espero que as comunidades cristãs se façam representar, se não em todos, pelo menos em alguns momentos desta celebração. Todos reunidos, sentiremos a alegria, a força e a responsabilidade de sermos a Igreja de Cristo no meio da nossa sociedade. Que o Espírito Santo vos fortaleça e vos faça descobrir a alegria de participar na vida da Igreja. Lisboa, 12 de Maio de 2006 † JOSÉ, Cardeal-Patriarca