Nova luz para cristãos condenados à morte na Indonésia

Há uma nova esperança para os três católicos condenados à morte na Indonésia. Os presos foram mudados de cela, deixando o isolamento a que são votados os que esperam a execução. Apesar deste sinal de esperança, o Ministério Público indonésio assegura que a data do fuzilamento será marcada em breve. Os três católicos que foram acusados dos actos de violência cometidos no ano 2000, no auge do conflito entre muçulmanos e cristãos na Indonésia, foram condenados à pena de morte, mas foi-lhes concedido um adiamento da pena capital. A justiça para Fabianus Tibo, 60 anos, Dominggus da Silva, 39, e Marinus Riwu, 48, foi obscurecida por relatórios de intimidação de extremistas, acusados de atitudes ameaçadoras fora do tribunal e ameaças de morte aos advogados de defesa. A Igreja tem desempenhado um papel importante no reatar das relações após os confrontos entre cristãos e muçulmanos na Indonésia. Muitas dioceses iniciaram fóruns de diálogo inter-religiosos e grupos de acção social que permitem iniciativas muçulmanas e cristãs para tratar de assuntos como a educação e a habitação. Em declarações à agência AsiaNews, o Pe. Jimmy Tumbelaka, que acompanha de perto um dos condenados, revelou que os três deixaram de estar completamente isolados, como prevê a lei indonésia antes da execução. O Papa escreveu uma carta escrita ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, apelando a uma intervenção “do ponto de vista humanitário” neste caso particular, “de modo a que um acto de clemência possa ser oferecido a estes três cidadãos católicos da sua Nação”. Por outro lado, grupos de cristãos, muçulmanos, parlamentares, ONG’s e associações juvenis realizaram diversas manifestações e apelos contra a execução dos três cristãos. Um apelo assinado por diversas organizações interconfessionais foi entregue ao presidente indonésio, referindo que “o processo contra os três acusados foi injusto e omitiu verdades importantes”. A Nunciatura Apostólica no país já manifestou a sua “esperança” de que as execuções sejam canceladas, mas vários grupos de muçulmanos radicais têm pedido ao presidente Susilo para que “não se deixe influenciar pelas pressões do Vaticano”.

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