Nova forma de ser fermento no mundo e de lutar contra a corrente

Vocação secular apresentada ao jovens Cerca de 120 jovens participaram este sábado, 4 de Março, no «2º Encontro Nacional de Jovens», realizado em Coimbra e promovido pela Federação Nacional do Institutos Seculares (FNIS), para ouvir falar sobre uma nova vocação na Igreja, o leigo consagrado. Segundo Laura de Jesus Fernandes, leiga consagrada do Instituto da Sagrada Família, e da direcção da FNIS, este encontro “foi um momento de descoberta, de discussão e esclarecimento de dúvidas sobre esta vocação secular na Igreja”, onde estiveram presentes a maior parte dos institutos seculares portugueses federados na FNIS. No programa deste dia foi abordado o tema do «Chamamento de Deus» e “da necessidade de responder ao chamamento, seja ele qual for”, e apresentada a identidade dos institutos seculares, “como fermento no mundo de hoje”, explicou. «Dá asas ao mundo» foi o tema escolhido para este encontro nacional, justificado por esta responsável pelo facto de “o mundo se sentir acabrunhado e deprimido com tantos problemas e com tantas dificuldades. Por isso – refere – o membro do instituto secular, porque está inserido no mundo, é chamado, com a luz de Jesus Cristo, a ser este elo de libertação e ajuda para as pessoas, motivo de esperança e alegria”, salientou. Assim, acrescentou “podemos dar o nosso contributo para que o mundo voe, o mundo se liberte e vá ao encontro de Jesus Cristo que é o único e total libertador”. Aos jovens presentes procurou-se apresentar esta nova forma de estar na Igreja, que se distingue por “ser consagrado e estar inserido no mundo” e que, por isso mesmo, “precisa de lutar contra a corrente”. “As correntes do stress e do activismo”, são algumas das dificuldades que é preciso enfrentar, refere Laura Fernandes, sublinhando que “é preciso tempo para parar, ligarmo-nos ao essencial para que tenhamos, pelo menos, uma ou duas horas de oração”. O leigo consagrado “está mais liberto da sua família”, desempenha uma profissão e procura viver segundo os conselhos evangélicos (votos de pobreza, castidade e obediência), e a forma de viver a consagração num instituto secular é diferente de um instituto religioso porque, explica, “vivemos inseridos na realidade social, trabalhando, não para ter mas, para ser”. Viver o estado de consagração “não é facil” mas, acentua Laura, “ser fiel hoje na família também não o é. Este é um caminho de libertação e de felicidade para aqueles que Deus chama, e compromete-nos com a realidade de hoje”. A consagração laical num Instituto secular laical, foi aprovada em 1947, pelo Papa Pio XII. Paulo VI, chamou aos Institutos Seculares “laboratórios experimentais da relação Igreja-Mundo”.

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