João Paulo II convidou os governantes da nova Europa a educar os jovens para os valores “morais e cívicos”. “É um campo de particular preocupação para a Igreja, que procura oferecer a sua contribuição para o bem comum no cumprimento da sua missão religiosa e educativa”, assegurou. Ao receber em audiência este sábado o primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsány, o Papa referiu que “com a entrada da Hungria na União Europeia este ano, um novo e significativo capítulo se abriu agora na sua história”. “Confio que o seu país ofereça uma contribuição específica para o futuro deste continente, recorrendo ao rico património de valores culturais e espirituais que desde o tempo de São Estevão (século XI) formou a alma do povo húngaro”. O Papa reconheceu o seu apreço “pela série de acordos jurídicos estabelecidos entre a Hungria e a Santa Sé nos últimos anos, em particular o Acordo sobre o financiamento de serviços públicos e outras actividades religiosas empreendidas na Hungria pela Igreja Católica”. “Espero que este espírito de cooperação construtiva continue a caracterizar o trabalho tanto da Igreja como do Estado na tarefa de aplicar fielmente o que se negociou”, desejou João Paulo II. Esse acordo, observou o Papa, define numa óptica jurídica “o papel da Igreja numa importante área da sociedade húngara, com o devido respeito pelos direitos humanos em relação à liberdade religiosa e a educação”.
