A viagem do Papa aos EUA espalhou notícias da Igreja por todo o mundo. Não só por causa de emoções geradas pelo silêncio do Papa no Ground Zero. Também porque Bento XVI deixou respostas às perguntas que o mundo queria colocar ao Papa, neste momento. Desde as primeiras horas da viagem, ainda no avião que o levava aos EUA, Bento XVI referiu-se com clareza à questão dos abusos sexuais por parte de elementos da Igreja Católica para os condenar, promover a reconciliação e assumir, enquanto líder espiritual, “vergonha” pelo sucedido. Com um mediatismo global ímpar, a viagem do Papa afirmou a sabedoria das lideranças católicas para lidar com os meios de comunicação social, oferecendo-lhe os ingredientes essenciais da comunicação: mensagens em sintonia com a maioria e emoção! Não foi a primeira nem a única vez! No Vaticano, como em comunidades locais, há muitos exemplos desse trabalho com os media, segundo gramáticas e tempos dos meios de comunicação social. É dessas notícias que se fará a edição da próxima semana da Agência Ecclesia. No contexto do Dia Mundial das Comunicação Sociais, Igreja e media estarão lado a lado, em muitas páginas de uma revista (Edição Especial deste Semanário) que propomos aos leitores de todos os dias e também a quem desconheça ritmos e presenças da Igreja na comunicação social. Também para perceber, a partir da opinião de quem trabalha na comunicação, erros e lacunas que interessa mudar. Da palavra dada a todos – a quem faz pastoral pela comunicação social e a quem informa sobre Igreja – emergem novas sintonias, que possibilitam ultrapassar desconfianças que ainda caracterizam alguns actores. A marca Ecclesia (nos serviços da agência de notícias e nos programas de televisão) procura, a cada passo, adiantar novas propostas nesse sentido. Esta será mais uma, para ver as notícias da Igreja, nomeadamente da Igreja Católica, a contribuir para a justiça e paz em todas as sociedades. Muitas notícias tem também a Igreja a levar ao mundo do trabalho, com propostas que dignificam empregados e empregadores. E não resultam de qualquer teoria empresarial ou económica. Apenas se sustentam na pessoa, na sua dignidade, a ser salvaguardada a qualquer preço. Uma proposta que não encontra sintonias com tabelas dos dias de hoje. Também por isso, essas são notícias da Igreja que interessa recordar em mais um 1º de Maio.