Caros Diocesanos
1. Vai celebrar-se, de 6 a 13 de novembro, a Semana dos Seminários, que este ano tem como lema: “Formar Pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo”.
Espero dos párocos uma boa dinamização da Semana, apoiados pelos materiais enviados pelo Seminário e pelo Secretariado das Vocações, e exorto a todos a que a vivam com interesse. Ao mesmo tempo, partilho convosco algumas reflexões que a Semana dos Seminários me oferece.
2. O Seminário é dom de Deus. É Deus quem o dá e nele forma os padres para a Igreja.
A Semana dos Seminários é ocasião excelente para (re)descobrir na luz da fé cristã o Seminário da nossa Diocese – atualmente sediado em Almada em edifício cheio de história e em lugar belo – como dom de Deus à nossa Igreja e à nossa sociedade.
Espero ainda que, a (re)descoberta do Seminário como sinal do amor de Deus, nos conduza, ao longo da Semana e de todo o ano, a dar graças ao Senhor pelo Seminário onde Deus, pela equipa formadora, prepara pastores consagrados totalmente a Ele mesmo e ao seu Povo.
3. O Seminário é dom de Deus mas precisa – além da partilha generosa das ofertas de todos os fiéis – da oração de todos os diocesanos, como Jesus um dia ensinou: Pedi ao Senhor que mande operários para a messe.
Esta Semana há de, pois, envolver a Diocese inteira na oração fervorosa pelo Seminário e há de contribuir para que esta oração continue durante o ano nas famílias, nas paróquias, nos movimentos e em cada discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É preciso rezar mais e melhor pelo Seminário: pelos seminaristas, pelos formadores, pelos jovens para que acolham o convite para o sacerdócio como ato de amor que os engrandece a eles e à sociedade e ainda pelo pré-seminário, que abre caminho para o Seminário. E é preciso envolver nesta corrente de oração as crianças, os jovens, os doentes. Todos os fiéis se hão de sentir chamados a rezar por esta intenção e a ajudar os seus irmãos na fé a fazê-lo também. Ninguém fique de fora.
A oração bem feita há de fazer crescer o número de sacerdotes e de seminaristas.
4. A oração, embora indispensável, não dispensa um maior cuidado com a iniciação cristã das crianças e dos adolescentes e com a formação dos jovens, de harmonia com o nosso projeto duma ‘iniciação cristã exigente e atrativa’. Temos de formar bem os batizados, para que na Diocese a cultura vocacional seja mais rica.
É preciso ajudá-los a descobrir o rosto de Cristo, Bom e Belo Pastor, bem como o mistério da Igreja Corpo de Cristo para que ouçam o chamamento de Jesus ao sacerdócio e respondam: eis-me aqui, faça-se em mim a vossa vontade.
Serão momentos especiais para o encontro pessoal com Jesus Ressuscitado, entre outros, a adoração do Santíssimo Sacramento; a celebração do sacramento da Reconciliação e a direção espiritual; o acompanhamento amigo, sábio e paciente dos jovens; os retiros e tempos fortes de oração; o serviço aos pobres, doentes. Esta dedicação pastoral aos adolescentes e jovens e às crianças há de, através do pároco, contagiar a todos os paroquianos.
5. Que Nossa Senhora, Mãe dos seminaristas, nos ajude a amar cada vez mais o nosso Seminário como presença de Deus a dar-nos sacerdotes. E que nos abençoe a todos.
D. Gilberto Reis, bispo de Setúbal