Noite dos jovens em Bruxelas

Anoiteceu em Bruxelas mas o sábado, dia 4, ainda não acabou. O Grand Palais, em frente da antiga casa do Rei tem uma praça que se estende até ao jardim, local mais que perfeito para a festa dos jovens. Mas não só os jovens que aplaudem as bandas. Esta festa juntou muitos jovens, muitos menos jovens que pedem mais uma canção à banda de pop católico que está a actuar em palco, os EXO. Apesar do frio que se faz sentir, as palmas ajudam a aquecer. Uma banda em tudo igual às outras: uma bateria marca o ritmo das guitarras e das vozes. Mas cantam letras que falam “do Pai” e da oração. As plateia acompanha as letras cantando e aplaudindo entusiasticamente. Para quem não as conhece, um grande plasma vai transmitindo as letras. Agora canta-se o pai-nosso. Christopher é o vocalista da banda que acaba de descer do palco, os EXO. São de Bruxelas e diz que “canta o Deus da vida, porque gosta de cantar sobre a esperança” diz à reportagem da Agência ECCLESIA. Desde pequeno que canta músicas sobre Deus porque segundo diz “tudo vem dele e eu vejo-o na vida”. Sobre estar presente nesta noite dos jovens afirma que “é tão bom ver jovens e adultos juntos a rezar e a cantar” e exprime o desejo de com uma canção mudar uma nação ou o mundo” finaliza. Depois dos EXO sobe ao palco o Cardeal Danneels, de Bruxelas, para pedir aos jovens que se juntem e formem grupos. “Procurem outros jovens com as mesmas ideias” transmitiu. As bandas são a grande atracção, mas o Grand Palais tem mais ofertas. Pelo recinto vêem-se famílias a passear. À volta das barraquinhas de comida há sempre mais gente, onde nas mesas espalhadas se ouvem comentários de como o Congresso está a correr bem, ou “o nosso Cardeal Danneels é um espectáculo”. Um grande placard diz “Eu vim e eu vi”. Várias pessoas escrevem testemunhos da sua passagem pelo Congresso. A poucos metros do recinto, encontra-se uma grande tenda de oração, onde conduzidos pelo som de uma viola, quem quiser pode entrar, sentar-se no chão e rezar. A noite promete não acabar tão cedo. No palco estão agora os “Continetal Singers” e a sensação da noite são os “Glorius” um banda de rock católico que vai continuar a aquecer a noite. Noutro ponto da cidade, na Catedral SS Michel e Gudule, a proposta é ligeiramente mais calma. Se ontem a Catredral se enchia de jovens para a celebração da reconciliação da Comunidade de Taizé, hoje um concerto une largas dezenas de pessoas. Várias actuações previstas, mas quem dá inicio é Jean Paul Dessy, um maestro de música contemporânea, mas inspirada em música sacra. Violinos, violoncelos e um sino revelam toda a beleza da música e enchem a Catedral de uma grande harmonia.

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Agência ECCLESIA

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