Bispo de Leiria-Fátima exorta os cristãos a serem solidários, para uma sociedade mais justa No Santuário de Fátima, o Bispo de Leiria-Fátima exortou os cristãos a trabalharem ao serviço dos mais necessitados, entregando-lhes não apenas ‘coisas’ mas o próprio coração de cada um. Reiterando as palavras de Santo Agostinho, padroeiro da Diocese de Leiria-Fátima, o Prelado sublinhou que cabe ao Estado trabalhar para uma sociedade mais justa. “Hoje dá-me a impressão de que vivemos num país a duas velocidades: a da riqueza e a da pobreza”, reflectiu D. António pedindo aos cristãos “que continuem a dar o seu contributo para uma sociedade mais justa”, “onde não haja a exploração de uns pelos outros e a corrupção”. De seguida, D. António Marto leu as palavras de Santo Agostinho, que escreveu “Um Estado que não se regesse por uma ordem segundo a justiça, reduzir-se-ia a um bando de ladrões”, e interrogou “que o problema central que atormenta o nosso tempo, as nossas cidades e aldeias, sabem qual é? É a falta de amor”. “(Devemos) ser cidadãos do mundo, dignos do Evangelho de Cristo, assumindo cada um a responsabilidade que cada um tem na vida, no matrimónio, na família, na profissão, no mundo da economia, da política e da cultura”, disse. O Bispo de Leiria-Fátima sublinhou que a todos é possível responder positivamente ao pedido feito por Cristo. “O convite feito por Jesus Cristo aos seus conterrâneos, que se estendeu até aos nossos dias – ‘Vai tu trabalhar para a minha vinha’ – é um convite aqui apresentado a cada um de nós”, afirmou. No dia em que mais de duas mil pessoas ligadas à Caritas Portuguesa realizaram a sua peregrinação nacional e anual ao Santuário de Fátima, D. António Marto apresentou esta entidade como “escola de comunhão” e “experiência de graça” e de “fraternidade” e sublinhou “o serviço organizado e eficaz” com esta organização católica trabalha. “A Caritas tem necessidade de mais gente, com coração disponível para acorrer aos mais necessitados”, disse. Um comunicado enviado à Agência ECCLESIA dá conta que mais de um milhar de colaboradores e utilizadores dos diferentes serviços de 12 Cáritas diocesanas peregrinaram ao Santuário de Fátima. As actividades compreenderam a “recitação do Terço, na Capelinha, tendo as meditações de cada um dos mistérios sido preparadas e apresentadas pela Cáritas”. Amizade, alegria, respeito, consideração e disponibilidade, apontou D. António Marto, são algumas das marcas diferenciadoras do trabalho da Caritas e devem ser os propósitos de quem pretenda entregar-se ao serviço dos mais carenciados, nesta ou em outra organização similar. Da parte da tarde, os peregrinos encontraram-se no Centro Paulo VI para assistir a breves apresentações do trabalho realizado pelas Cáritas das Dioceses de Viseu, Guarda, Évora e Porto. O encontro terminou com a actuação do grupo musical “Kyrios”. A Caritas Portuguesa é uma instância oficial da Igreja criada para animação da pastoral social pela Conferência Episcopal Portuguesa. Os primeiros estatutos da Caritas foram aprovados em 1956 e entre os anos 50 até meados dos anos 70. Por sua vez, a Caritas Portuguesa é membro da Caritas Internationalis, que é a confederação de 154 organizações católicas de ajuda, de desenvolvimento e de serviço social a operarem em 198 países em todo o mundo. É também membro da Caritas Europa, plataforma que congrega as Caritas de todos os países europeus. É ONGD, reconhecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da sua inscrição junto do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e deste modo membro da Plataforma Portuguesa das ONGD. (fonte: Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para Desenvolvimento) LeopolDina Simões, Sala de Imprensa do Santuário de Fátima