Nigéria: Sacerdotes entre os 190 mil deslocados obrigados a fugir do grupo Boko Haram

Cidade do Vaticano, 08 out 2014 (Ecclesia) – O diretor de Comunicações Sociais da Diocese de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, revelou que os militantes do grupo islâmico Boko Haram destruíram “185 igrejas” e originaram a fuga de “mais de 190 mil pessoas”, nos últimos dois meses.

“Os nossos sacerdotes fazem parte dos deslocados e os cidadãos, que deviam celebrar a independência como nação livre, estão a chorar os seus mortos e reduzidos ao estado de refugiados internos. Onde está, então, a liberdade?”, questionou o padre Gideon Obasogie.

Nesse sentido, de alcançar a liberdade e parar as atividades dos radicais islâmicos, esta terça-feira, segundo a Rádio Vaticano, começou uma “reunião da cúpula regional para lutar contra o Boko Haram” em Niamey, a capital do Niger, país a norte da Nigéria.

A ação do grupo islâmico, que proclamou um califado no norte da Nigéria, está a alastrar-se a países vizinhos, como na República dos Camarões onde sete pessoas foram assassinadas.

O sacerdote exemplificou que as comunidades de Gwoza e Magadali “estão sob o controle despótico e tirânico dos terroristas há 60 dias” e que as comunidades católicas de Gulak, Shuwa, Michika, Bazza, entre outras, “foram saqueadas por cruéis ataques dos terroristas”, há 30 dias.

A emissora católica informa também que o bispo desta diocese, D. Oliver Dashe Doeme, revelou que o Boko Haram controla 25 cidades no norte da Nigéria.

O diretor de Comunicações Sociais da maior diocese da Nigéria relata ainda que as mulheres são vítimas de violências sexuais e que os refugiados têm de ser acolhidos nas casas de parentes, amigos ou em estruturas improvisadas e que o pensamento destes está com quem não conseguiu fugir como pessoas idosas ou doentes e jovens.

RV/CB

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