Nigéria: Papa une-se a campanha pela libertação de jovens sequestradas

Francisco deixou mensagem na rede social Twitter

Cidade do Vaticano, 12 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa uniu-se à campanha internacional pela libertação de mais de 200 adolescentes raptadas na Nigéria, um sequestro reivindicado pelo ‘Boko Haram’.

“Unamo-nos em oração pela libertação imediata das jovens estudantes raptadas na Nigéria”, escreveu Francisco na sua conta ‘@pontifex’ da rede social Twitter.

A mensagem, publicada no sábado, termina com o marcador (ashtag) da campanha, ‘#BringBackOurGirls’.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, condenou o sequestro, na última quinta-feira, e disse que se trata de um ato de “terrorismo odioso”.

O grupo islamita Boko Haram reivindicou o sequestro das jovens, ocorrido a 14 de abril, e ameaçou vendê-las como escravas.

Às 223 meninas que, segundo as autoridades, continuam sequestradas soma-se 11 menores raptadas pelo Boko Haram a 4 de maio.

O padre Lombardi afirmou que estas ações “soma-se a outras formas horríveis de violência que há muito tempo caraterizam a atividade deste grupo” no país africano.

“A negação de qualquer respeito pela vida e pela dignidade das pessoas, mesmo as mais inocentes, vulneráveis e indefesas, exige a condenação mais firme e suscita a compaixão mais sentida pelas vítimas, o horror pelos sofrimentos físicos e espirituais e as humilhações inacreditáveis que lhes são infligidas”, afirmou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé.

Num vídeo, o líder dos Boko Haram, Abubakar Shekau, afirmou que vai vender as adolescentes, com idades entre os 12 e os 18 anos, porque entende que o destino das mulheres é casar e não estudar.

A Nigéria tem sido palco de vários atentados contra as comunidades cristãs, na sua maioria reivindicados pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, nome em língua hausa que significa ‘a educação ocidental é pecaminosa’, que pretende a implementação da lei islâmica, a sharia.

D. Ignatius Kaigama, presidente da Conferência Episcopal Nigeriana, disse à Rádio Vaticano que se está perante uma tragédia de “enormes proporções”.

“Apelamos a este grupo terrorista para que não faça mal às jovens, para que as liberte imediatamente e as devolva aos seus pais”, declarou.

OC

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Agência ECCLESIA

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