Cinco sacerdotes foram raptados no país desde o início do ano
Lisboa, 22 mai 2024 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou hoje o segundo caso de rapto de um padre na Nigéria em menos de uma semana.
Homens armados invadiram esta terça-feira a Igreja Católica de Santa Rita, localizada em Bare, em Numan, no estado de Adamawa, e raptaram o padre Oliver Buba.
O Bispo de Yola, D. Stephen Dami Manza, explica em mensagem publicada pela diocese a que a Fundação AIS teve acesso, que “o triste acontecimento ocorreu de madrugada” e convidou “todos os todos os fiéis cristãos, bem como homens e mulheres de boa vontade, a rezar pela libertação rápida e segura do padre”.
Já na quarta-feira passada, dia 15 de maio, o padre Basil Gbuzuo também foi levado por criminosos armados, desta vez na Diocese de Onitsha.
“Felizmente, este sacerdote foi entretanto libertado”, revela a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
Desde o início do ano já foram raptados na Nigéria cinco padres, um número que inclui já os dois recentes casos.
Os padres claretianos Kenneth Kanwa e Jude Nwachukwu foram raptados em fevereiro e o padre Tony Mukoro, da Diocese de Benin City, em março, e todos foram depois libertados.
A FAIS alerta que “apesar de normalmente os sacerdotes raptados acabarem por ser libertados, nem sempre isso acontece”.
“De facto, pelo menos três padres sequestrados ainda estão desaparecidos. São eles o padre John Bako Shekwolo, desaparecido desde 2019, e os padres Joseph Igweagu e Christopher Ogide, levados em 2022 e sobre os quais não houve mais qualquer informação”, alerta a fundação pontifícia.
A falta de segurança é um problema que afeta o país, que em 2023 liderou a lista de países com casos de padres e religiosos sequestrados, com 28 ocorrências, incluindo três religiosas.
LJ/OC