A organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) revela que o seminário maior de Makurdi (Nigéria central) está prestes fechar devido à crise mundial de alimentos. Em declarações à AIS, o reitor do seminário, Mons. Kenneth Enang, comunicou que já se viu obrigado a racionar os mantimentos dos seus quase 520 seminaristas, de 15 dioceses nigerianas, por causa dos “preços astronómicos” dos alimentos. O sacerdote não consegue recolher o dinheiro necessário para garantir as provisões mínimas. Além dos preços dos mantimentos básicos, que duplicaram, há ainda o problema da electricidade: o seminário depende de um gerador que funciona com diesel, cujo preço subiu 30% em apenas uma semana. A AIS explica que, desde que o início da crise, em Abril passado, o seminário começou a pedir empréstimos para continuar aberto. “O reitor disse que será obrigado a fechar o seminário para impedir a desnutrição dos estudantes e acumular novas dívidas”, refere nota da organização católica. Mons. Enang planeava ampliar o edifício, já que em pouco tempo o número de seminaristas aumentou de 400 para 520. O reitor estava satisfeito com as “boas vocações”, a alta qualificação dos docentes e a convivência de jovens de todos os lugares do país numa “experiência maravilhosa”, que reflectia o que deveria ser a Nigéria. Agora, estima que o seminário deverá fechar a 20 de Junho. O Pe. Andrzej Halemba, especialista da AIS para os assuntos africanos, considera que a crise alimentar é um problema cada vez maior para os seminários maiores do Terceiro Mundo, colocando em risco muitos deles, no futuro. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre