Nigéria: Bispos criticam políticos que «instrumentalizam jovens para intimidar opositores»

Eleições presidenciais no país têm lugar a 27 de março

Abuja, 27 fev 2015 (Ecclesia) – Os bispos da Conferência Episcopal da Nigéria emitiram uma mensagem onde abordam as próximas eleições presidências no país e também as consequências da ação do grupo terrorista islâmico "Boko Haram" no território.

Num texto intitulado "Boas famílias fazem uma boa nação", publicado pela Rádio Vaticano, os prelados referem que "os políticos da Nigéria, com poucas exceções, falam e agem de modo a negar a consciência da nação como família, comunidade de pessoas em busca do bem comum”.

Entre outros factores, os responsáveis católicos expressam a sua tristeza pelo fato de os políticos "instrumentalizarem jovens nigerianos para intimidar e cometer violência contra os seus opositores".

Para a Igreja Católica nigeriana, este tipo de ações é "sintoma" da "angustiante" realidade da perda de valores da família na sociedade.

Os bispos esperam que todos os sujeitos e partidos políticos que vão participar no escrutínio de 28 de março assumam"individual e coletivamente" a responsabilidade pelo "processo" eleitoral e pelo "seu êxito".

Quanto ao clima de terror que se instalou na Nigéria, devido à ação do grupo terrorista islâmico "Boko Haram", os prelados falam que ele não originou apenas a perda de vidas inocentes mas também “determinou a separação de membros de suas famílias”. 

“Entristecemo-nos o uso de jovens inocentes doutrinados pelo Boko Haram e utilizados como autores suicidas de atentados; deploramos o fato que crianças sejam usadas para cometer estes crimes", escrevem os membros da Conferência Episcopal Nigeriana.

RV/CB/JCP

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