Abuja, Nigéria, 16 set 2014 (Ecclesia) – O bispo de Maiduguri, na Nigéria, denunciou esta segunda-feira a morte de mais de 2500 pessoas da sua diocese, às mãos do grupo extremista islâmico Boko Haram.
Numa entrevista veiculada pela agência noticiosa Fides, D. Oliver Doeme lamenta ainda a passividade do exército nigeriano, face à onda de violência que está a ser levada a cabo pelos radicais muçulmanos, sobretudo no norte do país.
Muitos militares “fogem sem combater”, algo que “acontece em primeiro lugar por causa da corrupção”, acusa o prelado.
D. Oliver Doeme está atualmente refugiado na Paróquia de Yola com milhares de deslocados que “escaparam por pouco” à morte.
“Na fuga, muitas famílias ficaram divididas” e segundo o bispo “vários pais estão ainda à procura dos filhos perdidos”.
A Diocese de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, abrange os Estados de Borno, Yobe e várias localidades do Estado de Adamawa, regiões onde o Boko Haram tem estado muito ativo desde 2013.
Recorde-se que o grupo extremista, que pretende instaurar um Estado islâmico no norte, proclamou recentemente um califado na cidade de Gworza, em Borno.
Face às atividades do Boko Haram, o Governo nigeriano liderado pelo presidente Goodluck Jonathan já “decretou o estado de emergência” no país mas não tem conseguido impedir a continuidade das ações da “guerrilha islâmica”, adianta a Fides.
JCP