Lisboa, 23 set 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Abuja considera que o Governo nigeriano deve oferecer uma “ampla amnistia aos jihadistas do Boko Haram” como estratégia para debilitar o grupo terrorista.
“Deve haver um compromisso, se eles abandonarem o Boko Haram devem ser bem tratados. Isso irá incentivá-los a sair”, defendeu o cardeal John Onaiyekan.
Em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado revelou acreditar que “80 por cento” dos combatentes do grupo “não partilham a ideologia islamita” e a amnistia pode ser uma porta de saída.
O arcebispo de Abuja assinalou que a ação do Boko Haram, que pretende instaurar um califado, veio “destruir” o bom relacionamento “entre muçulmanos e cristãos nas áreas onde está mais ativo”.
Por exemplo em Maiduguri, na Diocese de Maiduguri, no nordeste do país, ocorreu no passado domingo mais um “mortífero ataque terrorista”, revela a fundação pontifícia num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Nesta diocese “calcula-se que mais de cinco mil cristãos tenham morrido em atos terroristas e que cerca de 350 igrejas e capelas foram destruídas”, acrescenta.
A AIS contextualiza que o recém-eleito presidente Mohammadu Buhari pretende reforçar as ações militares contra o grupo terrorista, que começou a sua ação em 2009, numa coligação que envolve os países vizinhos do Chade, Camarões e Níger.
AIS/CB/PR