Quem recusa submeter-se à ideologia do grupo fundamentalista é considerado «inimigo», diz bispo de Maidiguri
Lisboa, 30 dez 2015 (Ecclesia) – Um ataque do grupo radical islâmico Boko Haram nas povoações de Maiduguri e Madagali, no norte da Nigéria, terá feito “pelo menos 80 mortos”, adianta a agência Fides.
Na sua edição de terça-feira, o órgão informativo do Vaticano destaca declarações do bispo de Maidiguri, capital do Estado de Borno, segundo as quais “os terroristas do Boko Haram” entraram pela região “invadindo casas e matando os habitantes”.
“Em outras áreas fizeram explodir mulheres e crianças kamikazes no meio das pessoas”, relata D. Oliver Doeme.
A violência atingiu “também uma mesquita” com um líder islâmico local a ser “morto em sua casa”.
Ativo desde 2009, o Boko Haram tem como principal objetivo instituir um Estado Islâmico no Norte da Nigéria, região onde a população é maioritariamente muçulmana, ao contrário do sul, onde predominam os cristãos.
No entanto, como explica D. Oliver Doeme, este grupo fundamentalista “não faz distinção entre muçulmanos e não muçulmanos” no que toca à imposição da sua ideologia.
“A maior parte da população quer viver em paz. Eles matam quem não adere à sua causa, que proíbe em particular a educação ocidental. Os muçulmanos que não se submetem são considerados inimigos do Boko Haram”, salienta o prelado.
JCP