Espaço foi ocupado pela polícia
Cidade do Vaticano, 02 jun 2023 (Ecclesia) – O Vaticano denunciou um “episódio de perseguição” do governo da Nicarágua contra a Igreja Católica, relatando a expulsão das Filhas Missionárias de Santa Luisa Marillac, neste país da América Central.
As irmãs, informa o portal ‘Vatican News’, “foram retiradas de um centro educativo, agora ocupado pela polícia”.
No caso das religiosas estrangeiras, as mesmas foram privadas da sua autorização de residência, recebendo ordem para deixar o país.
Segundo fontes do ‘Vatican News‘, até ao momento nenhuma religiosa desta Associação Apostólica foi expulsa do país e “estão bem de saúde”, apesar da incerteza sobre o futuro do ‘Instituto Técnico Santa Luisa de Marillac’.
Na última semana, segundo a imprensa local, a Escola ‘Susana López Carazo’, administrada pelas Irmãs Dominicanas da Anunciação, também foi tomada pelas autoridades.
A decisão segue outras do governo da Nicarágua relativas a dezenas de ONG, às quais a Assembleia Nacional retirou personalidade jurídica, vendo-se assim ilegalizadas e obrigadas a pôr termo às suas atividades no país – a Lei 1115, que regulamenta as ONG, estabelece que apenas 25% dos seus dirigentes podem ser estrangeiros.
Durante a celebração de Pentecostes, a 28 de maio, o arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, tinha exortado os fiéis a “não ter medo”.
A tensão entre o regime de Daniel Ortega e a Igreja Católica, agudizou-se nas semanas que antecederam as eleições presidenciais de 2021, das quais sairia vitorioso, depois de mandar prender vários pré-candidatos da oposição.
Um bispo católico, D. Rolando Álvarez, está preso desde fevereiro e foi condenado a 26 anos de prisão, na Nicarágua, país onde a Santa Sé não tem atualmente representação diplomática, depois de ter sido expulso o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé), D. Waldemar Stanislaw Sommertag, em março de 2021.
OC