Responsáveis reagem a atos de perseguição e violência, incluindo prisão de bispo
Cidade do Vaticano, 21 ago 2022 (Ecclesia) – As Conferências Episcopais de Cuba e da Itália manifestaram a sua solidariedade à Igreja Católica na Nicarágua, criticando atos de perseguição e violência por parte do Governo local, que incluíram a prisão de um bispo.
D. Rolando Álvarez encontra-se em prisão domiciliar, em Manágua, sob a acusação de “organizar grupos violentos”, alegadamente “com o propósito de desestabilizar o Estado da Nicarágua e atacar as autoridades constitucionais”.
“Os bispos católicos de Cuba, juntamente com os nossos sacerdotes, diáconos, vida religiosa e fiéis, rezamos e acompanhamos a Igreja de Deus na Nicarágua com todo o nosso afeto fraterno”, refere a Conferência Episcopal Cubana, em comunicado.
A nota, divulgada pelo portal de notícias do Vaticano, deixa votos de que “a sabedoria e o bom senso prevaleçam”, para “assegurar um clima de paz e tranquilidade”.
Já a Conferência Episcopal Italiana (CEI) dirigiu uma mensagem de “proximidade e solidariedade” ao “episcopado e a toda a Igreja nicaraguense”, falando em “duras perseguições” por causa da “fidelidade ao Evangelho da justiça e da paz”.
O presidente da CEI destaca a preocupação vivida nas últimas semanas pelas “decisões tomadas pelo governo em relação à comunidade cristã, implementadas também através do uso da força pelas forças militares e policiais”.
O cardeal Zuppi refere que a prisão de um bispo é “um ato muito grave”, o qual mostra que “os direitos humanos mais elementares parecem estar seriamente ameaçados” no país da América Central.
A CEI junta-se “aos pedidos da comunidade internacional” aos líderes políticos da Nicarágua, expressos também pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para que sejam garantidas a “liberdade de culto e de opinião não só aos representantes da Igreja Católica, mas a todos os cidadãos”.
OC
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