Incêndio destruiu crucifico venerado na Capela do Sangue de Cristo
Manágua, 01 ago 2020 (Ecclesia) – A Catedral de Manágua, na Nicarágua, foi atingida esta sexta-feira por um engenho explosivo, que provocou um incêndio na Capela do Sangue de Cristo, destruindo o Crucifixo que ali era venerado.
O cardeal Leopoldo José Brenes, arcebispo de Manágua, fala num “ato terrorista” e de ódio à Igreja Católica, alvo de vários ataques dos apoiantes do presidente Daniel Ortega, nos últimos meses.
Em comunicado, a arquidiocese local afirma que se trata de “um ato premeditado e planeado, realizado por uma pessoa experiente”.
O crucifixo “foi queimado na sua totalidade por um dispositivo ainda não identificado”, mas o ataque não deixou feridos.
A Arquidiocese de Manágua fala de uma “ação deplorável” que “ofende e fere profundamente” todos os católicos do país da América Central.
“Este facto condenável soma-se a uma série de atos sacrílegos, de violações da propriedade da Igreja, de assédios aos templos, que mais não são do que uma cadeia de eventos que refletem o ódio à Igreja Católica e à sua obra de evangelização. Os ataques contra a fé do povo católico exigem uma análise profunda, para esclarecer os autores intelectuais e materiais deste ato macabro e sacrílego”, acrescenta o comunicado, divulgado pelo portal de notícias do Vaticano.
São João Paulo II esteve em oração diante do crucifixo do “Sangue de Cristo”, quando visitou a Catedral, em fevereiro de 1996.
A Conferência Episcopal da Espanha e o embaixador dos EUA na Nicarágua, entre outros, manifestaram a sua solidariedade à Arquidiocese de Manágua.
OC