Nepal: Cáritas leva ajuda médica a aldeias nas montanhas

Organização católica continua no terreno

Katmandu, 04 jun 2015 (Ecclesia) – A Cáritas Nepalesa relata as dificuldades que encontra no terreno, para que a população tenha acesso a cuidados médicos, ajudando as comunidades mais remotas e devastadas em Gorkha, o epicentro do recente terramoto.

“Há muita ansiedade entre as pessoas, à medida que réplicas são registadas todos os dias. À noite quando há abalos ouvimos todos a gritar. As mães choraram e chama, pelos filhos para garantir a sua segurança”, disse Madhu, que com uma equipa de 14 elementos têm escalado terreno montanhoso com o objetivo de ajudar as comunidades mais remotas e isoladas.

Segundo a Cáritas do Nepal, a equipa enquanto está no terreno também fica alojada em tendas, como a “maioria da população”.

“É uma espécie de mundo diferente, eles não sabem o que vai acontecer no momento seguinte”, observa Madhu, que no caminho para Kashigauw partiram dois grupos em carros, mas só fizeram metade do percurso desta forma porque a estrada estava cortada e caminharam o resto do itinerário transportando o material e os “medicamentos”.

Antes montaram um acampamento e prestaram auxílio médico na aldeia de Manbu que “não tinha recebido qualquer ajuda” em duas semanas, desde o dia 25 de abril, e onde ficou metade da equipa.

Uma vez em Kashigauw foram confrontados com uma situação “muito precária e pessoas pobres” com “mais de 90% das casas completamente destruídas", recordou Madhu.

Em três dias a equipa viu “250 pacientes”, sem abastecimento de água corrente deram formação em higiene e ensinaram os habitantes a usar comprimidos de purificação de água por causa de doenças identificadas.

Depois reuniram-se e partiram para Simjung onde assistiram 500 pessoas e Madhu destaca também “entorses, fraturas e feridas” contabilizando “uma média de 50 curativos todos os dias”.

Nesta vila recorda que assistiram uma paciente em “perigo de vida” porque fez uma cesariana no hospital e mandaram-na para casa.

“A situação era terrível, corria perigo de vida com uma ferida infetada e totalmente aberta”, acrescentou o elemento da ‘Task Force Camillian’ da Cáritas do Nepal.

De recordar que o terremoto que atingiu país asiático vitimou “mais de 8 mil pessoas” e deixou “centenas de milhares sem casas”.

A Cáritas Portuguesa já enviou um donativo inicial de 50 mil euros para a sua congénere do Nepal e apela aos donativos em favor das vítimas do sismo, na conta ‘Cáritas Portuguesa Emergências Internacionais’, da Caixa Geral de Depósitos (NIB 0035 0697 0028 1803 6322 6).

CB

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