Nazaré sem peregrinos, vida difícil para os cristãos

A comunidade cristã da Nazaré está a atravessar grandes dificuldades em virtude do agravamento do conflito entre Israel e o Líbano. Os peregrinos fogem do local, em busca de destinos mais seguros, o que tem um grande impacto na economia desta comunidade, dependente da presença de turistas. Nos últimos tempos, os autocarros das peregrinações tinham regressado e havia novos restaurantes e cafés a abrir as portas. O confronto entre as forças israelitas e o Hezbollah está agora a provocar uma grave crise, também com efeitos económicos. A Basílica da Anunciação não tem quase nenhum movimento, segundo relatos da agência católica norte-americana CNS. O responsável Franciscano, Pe. Ricardo Bustos, lembra que a localidade já foi bombardeada, mas espera que tal não se repita, pelo que não tomou “nenhuma precaução especial”. A presença cristã na Terra Santa, no berço do cristianismo, está em risco de desaparecer. No espaço de 40 anos, a percentagem de cristãos baixou de 20% para pouco mais de 2 por cento. Actualmente, existem pouco mais de 150 mil cristãos que têm de enfrentar quotidianamente discriminações no emprego, na escola ou no próprio bairro onde vivem. As razões prendem-se com a religião, com o seu estatuto social e com a origem étnica dos cristãos da Terra Santa, que são na maioria árabes palestinianos.

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