Lisboa, 03 dez 2016 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) destaca “sinais de esperança” na mensagem de Natal onde recorda palavras do Concílio Vaticano II num tempo em que “muitos trabalhadores experimentam medos diversos”.
Na mensagem de Natal enviada hoje à Agência ECCLESIA, a LOC/MTC alerta que não pode-se ter dúvidas que o medo é uma estratégia que “os detentores do dinheiro usam para continuar a dominar”.
“O medo é provocado, alimentado e manipulado. O medo inibe a liberdade e a ação, debilita-nos, desequilibra-nos, destrói as nossas defesas psicológicas e espirituais, anestesia-nos diante do sofrimento, desumaniza”, desenvolve.
Neste contexto, o movimento de trabalhadores cristãos exemplifica e alerta para os diversos medos que encontram na sociedade: “Medo do individualismo/concorrência entre colegas de trabalho; medo de represálias por ser sindicalizado; medo de deixar de ser útil; medo de ficar desempregado e deixar de poder satisfazer os seus compromissos; medo de constituir família, de ter filhos; medo de ser deslocado para longe; medo dos refugiados; medo de deixar de ser pessoa para se tornar numa coisa que produz e consome, numa coisa que «vende» trabalho, num número do sistema.”
A LOC/MTC encontra também sinais de esperança que vêm de Jesus e de “muitos seguidores” que ainda hoje “não se conformam” e lutam pela justiça, recusam-se “a vender a sua dignidade”, colocam-se ao lado dos indefesos e “derrubam muros”.
A mensagem destaca que Jesus de Nazaré “colocou o homem no centro”, especialmente os pobres, os excluídos e ajudou-os “a enfrentar os medos, desfez mal-entendidos, despertou-os para abrirem os olhos”.
“A sua missão esteve sempre ligada a desalojar do centro o poder, o dinheiro, e até a religião para nele colocar o homem”, acrescenta.
A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos assinala também como “grande sinal de esperança” o Papa Francisco pelas suas palavras e ações ao “incutir continuamente a ideia de que é possível outro mundo, outro modo de viver”.
CB