Bispo de Viana do Castelo presidiu pela primeira vez às celebrações natalícias no Alto Minho
Viana do Castelo, 26 dez 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo referiu-se à “segurança histórica” do nascimento de Jesus, situado no tempo do imperador César Augusto, quando Quirino era governador da Síria e por ocasião de um “recenseamento de toda a população”.
“Esta referência torna-se importante para nós hoje quando se pretende desvalorizar a pessoa de Jesus na realidade histórica que a envolve e mais ainda, quando não damos a devida atenção para as circunstâncias do tempo em que vivemos nas quais celebramos o nascimento de Jesus de Nazaré”, afirmou D. João Lavrador na homilia da Noite de Natal.
Para o bispo de Viana do Castelo, que está a iniciar o ministério episcopal no Alto Minho, o Natal interpela pelas circunstâncias em que aconteceu, a “falta de acolhimento com que a família de Nazaré se depara numa hora decisiva para a manifestação de Deus e para a salvação da humanidade”.
“Numa sociedade secularista, numa cultura sem Deus, numa humanidade fechada que deriva por si mesma sem prestar atenção ao outro que bate constantemente à porta, numa era do vazio e do descarte, repete-se a falta de acolhimento do Menino Deus que quer nascer entre nós e de tantos irmãos que gritam por humanidade e ninguém lhes abre a porta”, afirmou.
D. João Lavrador desafiou a não ter medo da abertura á “novidade” do Natal que “desafia” a inteligência, a sensibilidade, os objetivos e critérios, os modelos de vida e as dúvidas e certezas das pessoas.
“Este acontecimento do nascimento de Jesus de Nazaré, ao inundar-nos de alegria, torna-se estímulo para a missão evangelizadora de cada comunidade cristã e de cada cristão”, afirmou.
No dia de Natal, na Missa celebrada na Sé de Viana do Castelo, D. João Lavrador referiu-se ao nascimento de Jesus como a “plenitude da Luz que a todos ilumina” e é “tão necessária para que a pessoa humana possa reconhecer o seu itinerário de vida, verdade, de bem e de amor”.
“Envolvidos no mistério da encarnação de Jesus de Nazaré, façamos do Natal uma forte interpelação à missão evangelizadora da comunidade cristã”, indicou o bispo de Viana do Castelo.
Dirigindo-se ao diocesanos de Viana do Castelo que vivem no “território e a todos os que estão emigrados”, D. João Lavrador desejou os votos de
“santo e feliz Natal”, lembrando também “todos os excluídos e marginalizados”
“Apresento estes meus votos de santo e feliz natal a todos os excluídos e marginalizados, prisioneiros e doentes, a todas as famílias, crianças e jovens, aos idosos e todos os que sofrem”, afirmou.
O bispo de Viana do Castelo concluiu lembrando “os que se dedicam à causa pública, ao serviço do próximo”.
PR