Ministro provincial dos Franciscanos, fala da tradição do Presépio que se iniciou em 1223
Lisboa, 22 dez 2019 (Ecclesia) – A tradição do presépio, que está presente em milhões de casas, igrejas e espaços públicos por todo o mundo, está ligada à figura de São Francisco de Assis, que fez a primeira representação do nascimento de Jesus, em 1223.
Frei Armindo Carvalho, ministro provincial dos Franciscanos, em Portugal, refere à Agência ECCLESIA que este é “um sinal fora do comum”, ligado ao amor de São Francisco ao “Deus pequenino”.
“A maior grandeza, a maior riqueza é exatamente essa que Jesus trouxe: é a pequenez, é a humildade, é a dependência de todos”, acrescenta o religioso.
Para o ministro provincial dos Franciscanos, o presépio ajuda a lembrar que “Deus nasceu na terra, viveu na terra, na pobreza”.
Já o processo de construção ajuda a uma “aproximação lenta” ao mistério do Natal, “não só com coisas, mas com o sentimento”.
“O homem pode tornar-se próximo de Deus, tão próximo que se pode fazer íntimo, no nascimento de Jesus”, observa.
“Essa é a grande lição: o homem não é grande porque tem coisas, mas porque é próximo dos outros, porque é irmão do pobre, do rico, do doente”, indica frei Armindo Carvalho.
É uma fraternidade universal, que constrói a verdadeira humanidade”.
A 1 de dezembro, o Papa Francisco assinou a carta apostólica ‘Admirabile Signum’ (sinal admirável), sobre o significado e valor do presépio, a representação do nascimento de Jesus, um “acontecimento único e extraordinário que mudou o curso da história”.
Frei Armindo Carvalho considera que esta carta mostra um “Papa preocupado em dar um sinal, à Igreja, de que o Natal é a vinda de Deus à nossa carne humana”
“Os homens querem é ser grandes, Deus quis ser pequenino; os homens querem ser ricos, Deus quis ser pobre; os homens querem ter o mundo nas suas mãos, Jesus quis estar nas mãos do mundo, estar dependente de todos”, conclui.
O programa ‘70×7’, na RTP2 (17h16), é dedicado hoje ao simbolismo do presépio, na celebração do Natal.
OC
“Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos, como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado”
(Papa Francisco) |