D. António Augusto Azevedo escreveu mensagem intitulada «O encanto do rosto humano de Deus«
Vila Real, 15 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real partilhou hoje a mensagem de Natal, defendendo que respeitar o outro “é a condição básica da convivência social e o antídoto contra todas as formas de desumanidade, indiferença e ódio”.
“Cada rosto tem a marca de Deus. Se cada pessoa transporta esse sinal do divino não podemos deixar de valorizar a sua dignidade e respeitar todos os seus direitos”, afirmou D. António Augusto Azevedo, que considera que o reconhecimento do outro como pessoa e irmão é “a base para construir uma paz autêntica que não se limite a desejo piedoso ou palavra inconsequente”.
“Uma paz que se assume como valor essencial, confirmado no compromisso em construir pontes de diálogo e em renunciar a qualquer forma de violência, seja a dos Estados prepotentes ou a dos radicais fanáticos, seja a violência sobre as mulheres, os idosos ou as crianças”, acrescentou, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo diocesano escreveu que a mensagem do Presépio “apela ainda à necessidade de cuidar do mais frágeis”, nomeadamente das crianças recém-nascidas, os doentes, “especialmente da área da saúde mental ou em estado terminal”, dos “idosos com mais limitações”.
“O espírito natalício remete-nos para a responsabilidade para com todos estes, bem como para com aqueles que na nossa sociedade vivem em situação de maior vulnerabilidade: os imigrantes, os refugiados, os que vivem sós, os mais pobres”, indicou.
Na mensagem de Natal intitulada “O encanto do Rosto de Deus”, D. António Augusto Azevedo salientou que os “presépios feitos em igrejas ou em nossas casas, em locais públicos das cidades, vilas e aldeias […] proporcionam sempre uma experiência única de contemplação e exaltação do lado humano de Deus”.
“A descoberta desse rosto humano de Deus patente em Jesus conduz-nos à urgência do reconhecimento do divino que existe em cada rosto humano. O Natal é uma lição incomparável de humanidade porque nos convida a olhar o rosto de cada pessoa e reconhecer nele uma beleza única”, manifestou.
No final da partilha, o bispo de Vila Real deixou um apelo aos diocesanos: “Ainda que no país e no mundo não faltem motivos de perplexidade e preocupação, deixemo-nos inspirar pelo autêntico espírito natalício que nos convida a olhar o divino e o humano de outra forma, com um olhar de fé e esperança”.
LJ/OC