Natal: «Que ninguém se sinta só no meio de muita gente» – Arcebispo de Évora

Segundo D. Francisco Senra Coelho, o que não se pode fazer pela «distância que protege», pode-se «fazer na qualidade e na criatividade» das presenças

Évora, 21 dez 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirma que os tempos atuais podem fazer renascer “a capacidade de estar atentos aos mais necessitados”, na Mensagem de Natal 2021 onde destaca o apelo a construir um mundo mais justo e atento aos outros.

Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Francisco Senra Coelho começa por assinalar que o Natal é um apelo à edificação de um mundo mais justo e atento a cada Ser Humano, “para que ninguém se sinta só no meio de muita gente”.

“Não se pode deixar à generosidade intermitente dos poderosos a preocupação de atingir uma melhoria sustentável para todos – elevar mil milhões de pessoas acima do nível de sobrevivência – e preparar o terreno para uma vida sustentável nas próximas cinco décadas”, acrescenta o arcebispo de Évora citando o relatório ‘Cuidar o Futuro’ (Oxford University Press, 2018).

D. Francisco Senra Coelho recorda que esta Igreja Diocesana em Évora assumiu um desafio que se traduz em ‘cuidar e inserir os sedentos da Esperança’, no Ano Pastoral 2021/2022, pondo em prática o mandato de Jesus «dai-lhes vós mesmos de comer» (Lc 9,13).

“Os tempos que vivemos podem fazer renascer em nós a capacidade de estar atentos aos mais necessitados, aos que são diferentes porque vêm de outros lugares e de outras culturas, aos que estão desenraizados ou sofrem qualquer tipo de carência”, desenvolveu.

Sobre o mandato de Jesus – «dai-lhe vós mesmos de comer -, o arcebispo de Évora assinala que quanto mais aumentam aqueles que se alimentam do Pão da Palavra de Cristo e da Eucaristia, “mais se multiplica o pão distribuído a quem tem fome”, através de uma economia de comunhão, globalizam a solidariedade.

Na Mensagem de Natal 2021, D. Francisco Senra Coelho manifesta “gratidão” a todos os agentes dos serviços de saúde, cuidadores de idosos e de todo o tipo de debilidades”, numa época “ainda muito condicionados pela pandemia”.

“O que não podemos fazer pela distância que nos protege, podemos fazer na qualidade e na criatividade da nossa presença”, conclui o arcebispo de Évora, na mensagem para todos os cristãos e pessoas de boa vontade a quem deseja um Santo e feliz Natal.

CB/PR

 

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Agência ECCLESIA

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