Cardeal Luis Antonio Tagle destaca ação e «amor» dos funcionários e voluntários da organização católica, na pandemia
Cidade do Vaticano, 23 dez 2020 (Ecclesia) – O presidente da Caritas Internacional convida, na sua mensagem de Natal, a refletir sobre a presença de Cristo “nas pessoas pobres e marginalizadas” e destaca que os funcionários e voluntários da organização católica “têm sido portadores” do “amor durante a pandemia”.
“Enquanto esperamos a chegada de nosso Senhor em Belém, somos convidados a refletir sobre a presença de Cristo nas pessoas pobres e marginalizadas em nosso mundo de hoje”, escreveu o cardeal Luis Antonio Tagle.
O colaborador do Papa sublinha que, aos olhos do seu tempo, o Menino Jesus “também era pequeno e insignificante” mas “o poder do seu amor e ações” com as pessoas que a sociedade “tinha esquecido ecoa através dos tempos e ainda ecoa hoje”.
O cardeal filipino destaca que os funcionários e voluntários da Cáritas “em todo o mundo têm sido portadores de amor” durante a pandemia de Covid-19.
“Através de ações concretas, a Cáritas tem garantido que as comunidades vulneráveis não são deixadas sozinhas e possam sobreviver à pandemia enquanto o mundo enfrenta o bloqueio”, exemplifica.
O presidente da Caritas Internacional refere que as pessoas estão “atónitas” pela forma como “um pequeno vírus mudou os planos de todo o mundo” e afirma que “é um lembrete para todos que os planos viraram pó face o grande e misterioso plano de Deus”.
O responsável católico começa a mensagem de Natal a assinalar que, à medida que o ano 2020 se aproxima do fim, o “mundo precisa mais do que nunca da promessa da presença de Deus” pelo nascimento de Seu filho.
“Muitos de nós chegamos ao Advento exaustos e desorientados pela sombra escura lançada sobre o nosso mundo pela pandemia do coronavírus. Nossos corações estão pesados com o sofrimento que sentimos e vimos, as muitas mortes e as lembranças perturbadoras de manter distância de nossos entes queridos e do resto da humanidade”, desenvolve.
Quando o mundo parece mais escuro, nós, cristãos, olhamos para a fé, a esperança e a caridade para iluminar o caminho à nossa frente. Só podemos ver essas luzes se mantivermos os olhos bem abertos e, no meio dos horrores, aprendermos a ver os sinais do amor de Deus sendo semeados no redor do mundo todos os dias”.
O também prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) destaca que a carta encíclica do Papa Francisco ‘Fratelli Tutti’ convida a “reconhecer e percorrer novos caminhos de esperança”, a “abrir o coração com gratidão à possibilidade do amor universal”.
“Isso significa ver o valor, o valor e a beleza de cada ser humano como ele é, e permitir-nos ser vistos em toda a nossa vulnerabilidade e também ser amados”, salienta o cardel Luis Antonio Tagle, na sua mensagem de Natal.
CB/OC