Mensagem de D. José Policarpo sublinhou «alegria» e «simplicidade» desta quadra e diz que Igreja está atenta aos «descrentes»
Lisboa, 24 dez 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa recordou hoje na sua mensagem de Natal os que mais sofrem neste momento de crise e deixou um apelo particular aos “descrentes” que buscam sentido para a sua vida.
“A todos esses nossos irmãos e irmãs convidamo-los a celebrar connosco o Natal. Talvez o Senhor vos visite, inundando o vosso coração de luz e de paz. Esta luz há de conduzir à alegria mesmo aqueles que sofrem e são tantos no momento presente da nossa sociedade”, referiu D. José Policarpo, numa intervenção transmitida pela televisão e a rádio públicas.
“Sejamos verdadeiros para connosco mesmos, sinceros com Deus, generosos para com os nossos irmãos que sofrem”, acrescentou.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa quis falar sobre “a alegria e o sentido desta festa” a crentes e descrentes frisando que “Natal significa nascimento”.
“Não tenhamos medo de Deus. Sejamos simples como as crianças e abramos-Lhe as portas do nosso coração e da nossa liberdade”, apelou.
O patriarca de Lisboa declarou que todos celebram o Natal “porque a sua abrangência cultural é mais larga do que a prática da fé cristã”.
Nesse contexto, evocou um texto de Bento XVI para falar aos “descrentes” que têm “inquietações no seu coração” e “não cessaram de buscar o sentido belo e transcendente da vida”.
D. José Policarpo destacou a “simplicidade” do momento em que Deus vem ao encontro da humanidade e dá um “sentido novo” à história: “Quando Deus está connosco não há oposição entre a grandiosidade do mistério e a simplicidade do coração”.
Há 50 anos, recordou ainda, milhares de bispos estavam reunidos no Concílio Vaticano II (1962-1965), “um grande momento de esperança, para a Igreja e para a sociedade em profunda mutação”.
“A Igreja procura caminhos novos para anunciar ao mundo a alegria da salvação”, observou o cardeal-patriarca, para quem “a luz da fé leva à unidade de todas as expressões da vida humana: a busca de Deus, a procura da felicidade, a experiência do amor”.
OC