Francisco visitou paróquia dos subúrbios de Roma
Roma, 14 dez 2014 (Ecclesia) – O Papa visitou hoje a paróquia de São José, na periferia leste de Roma, onde pediu que os católicos vivam o Natal com mais alegria e menos consumismo, ajudando quem é mais necessitado.
“A alegria de Natal é uma alegria especial, é uma alegria que não é só para o dia de Natal, é para toda a vida do cristão. É uma alegria serena, tranquila, uma alegria que acompanha sempre o cristão: também nos momentos difíceis, nos momentos de dificuldade, esta alegria torna-se paz”, disse na homilia da Missa, em que falou de improviso.
Francisco insistiu que a alegria cristã não é a do consumismo, lamentando que haja pessoas que não saibam agradecer a Deus e tenham sempre “algo de que se lamentar”.
“Nunca, nunca um santo ou uma santa teve uma cara de enterro, nunca. Os santos tiveram sempre o rosto da alegria ou, pelo menos, no sofrimento, o rosto da paz”, observou, recordando que o próprio Jesus, no seu martírio, tinha “este rosto da paz e preocupava-se com os outros”.
Nesse contexto, o Papa destacou a importância de ir ao encontro dos “miseráveis”, de curar as “chagas dos corações”, de “proclamar a liberdade aos escravos”.
“Esta é a vocação de Cristo e também a vocação dos cristãos: ir ao encontro dos outros, aos que têm necessidade – tanto necessidades materiais como espirituais, muita gente que sente angústia por problemas familiares -, levar a paz aí, levar a unção de Jesus, o óleo de Jesus que faz tanto bem e consola as almas”, prosseguiu.
Francisco encontrou-se com vários grupos, antes da Missa, incluindo as crianças que se preparam para a Primeira Comunhão, revelando que acompanhou a sua catequista até quando esta morreu, em 1987.
Em seguida, o Papa reuniu-se com representantes da comunidade cigana e famílias pobres, acompanhadas pela paróquia, que encorajou a não perder a esperança.
“Desejo-vos o melhor, que haja sempre paz nas vossas famílias e que haja trabalho, que haja alegria. A alegria de Jesus, a paz de Jesus, e assim avançar: não perder a esperança nos momentos difíceis, porque a esperança não desilude”, declarou.
O programa incluiu um encontro com os doentes, a “força da Igreja”, que desafio a viver este momento com “paciência” e também com alegria.
Francisco cumprimentou ainda as crianças batizadas no último ano e os seus pais, antes de confessar cinco pessoas.
OC