Natal: «Menino de Belém diz-nos que a vida é sagrada em todas as suas etapas» – Bispo da Guarda

D. Manuel Felício alerta para «tentação do abandono e até mesmo da rejeição das pessoas»

Foto: Diocese da Guarda

Guarda, 13 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirma a importância da família, na sua mensagem para o próximo Natal, denunciando “o aborto, a eutanásia” e as outras formas de “atropelo à vida”, as quais “não podem ter lugar em sentimentos verdadeiramente humanos”.

“Às vezes, surge a tentação do abandono e até mesmo da rejeição das pessoas, sobretudo na primeira e na última das etapas da vida, ou porque vêm incomodar ou porque passaram a ser um peso”, escreve D. Manuel Felício, nem texto enviado à Agência ECCLESIA.

O bispo da Guarda realça que a mensagem do Menino de Belém “é clara” e diz que a vida “é sagrada em todas as suas etapas”.

Segundo D. Manuel Felício, o presépio coloca as pessoas “diante do encanto da Sagrada Família”, que é modelo de todas as famílias “chamadas a ser santuários da vida e do amor”.

Falamos da fonte da vida; vida que começa pequenina, cresce, desenvolve-se até à maturidade; vida que passa por etapas variadas, como são a infância, a adolescência, a juventude, a idade adulta, até ao termo natural da existência sobre a terra”.

A mensagem realça que todas as etapas da vida são importantes, mas “algumas requerem mais atenção”, porque estão “envolvidas em maior fragilidade e dependência”, como no princípio e do fim.

Foto: Diocese da Guarda

Para D. Manuel Felício, “não basta recusar teoricamente os atropelos à vida” e explica que é preciso organização para dar “respostas convincentes às necessidades variadas que se multiplicam”, e, entre as mais ajustadas, destaca as instituições de apoio social.

“Todos conhecemos a importância destas instituições nos nossos meios, principalmente por duas razões. Uma delas é que as populações, percentualmente mais envelhecidas do que nos grandes centros, precisam delas. A outra é que em muitas das nossas terras elas são a única oferta de emprego”, desenvolveu.

Neste contexto, alerta para as “dificuldades acrescidas” que estão a passar as instituições de solidariedade social “devido às exigências da legislação” e porque as reformas dos seus utentes “em geral são muito reduzidas”, por isso, considera que é momento da “tutela do Estado dialogar a sério, com estes serviços, e considerá-los caso a caso”.

“O Natal e a mensagem de Belém, ao colocar os mais pobres no centro das nossas atenções, exige que não fiquemos parados, mas nos esforcemos conjuntamente por procurar as soluções mais ajustadas”, observa.

O bispo da Guarda começa a sua mensagem com um convite – “vamos ao Presépio” – e salienta que no mês do Natal “tudo mudou de cor”.

CB/OC

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