Mensagem do patriarca de Lisboa marcada pela defesa da vida e da simplicidade onde «tudo chegará para todos»
Lisboa, 24 dez 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente afirmou hoje na Mensagem de Natal que “a família é o bem comum mais precioso” que todos os cidadãos devem “garantir”, sendo responsáveis também por “acorrer a tudo” o que permita que a vida nasça.
“A família é o bem comum mais precioso que devemos garantir para os que já a têm, para os que a querem constituir e, naqueles que a não têm, possam ser envolvidos em ambientes de tipo familiar”, afirmou o patriarca de Lisboa na mensagem difundida esta noite pela na RTP.
Para D. Manuel Clemente, é na família que se aprende a viver “uns com os outros e uns para os outros” e, quando isso não acontece, a vida social “torna-se mais difícil do que deveria ser”.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou também na alocução da noite de Natal que é necessário “acorrer a tudo o que permita que a vida nasça e seja acompanhada a todas as suas fases”, nomeadamente nos momentos de maior fragilidade.
“Na atenção à fragilidade dos outros encontramos a nossa primeira obrigação para que uma sociedade seja verdadeiramente aquilo que pode e deve ser”, referiu.
D. Manuel Clemente disse que o presépio é uma inspiração à simplicidade, aos “meios apenas necessários”.
“Mantenhamos assim a simplicidade, onde tudo chegará para todos, numa ecologia completa e realizada como tanto quer o Papa Francisco”, recordou.
O patriarca de Lisboa referiu que o nascimento de Jesus é o “motivo principal” do que acontece na noite de Natal.
“Este nascimento é uma oferta e um critério para que a nossa vida tenha um rumo feliz. Assim acreditamos e tantas gerações o comprovam”, referiu.
“Para haver Natal hoje e amanhã é absolutamente necessário que reencontremos a família na sua verdade, na verdade essencial onde sociedade começa, a sociabilidade também, onde nós aprendemos a viver e a conviver uns com os outros”, defendeu o presidente da CEP.
Para o patriarca de Lisboa é necessário que a defesa da família esteja na “primeiríssima ordem” de todos os programas.
“Olhar para família, promover a famílias, dar condições para a sua constituição, de toda a ordem – quem não se lembra daquele dito português ‘quem casa quer casa’, e não só casa mas tudo o que aquilo que é necessário para que uma família encontre a sua viabilidade – deve estar na primeiríssima ordem dos nossos programas individuais e pessoais, sociais, políticos e económicos”, sustentou.
Na Mensagem de Natal, D. Manuel Clemente disse que os acontecimentos celebrados não devem ser apenas “uma lembrança do que aconteceu”, mas um “programa” de vida.
PR