Natal ecuménico entre imigrantes e refugiados

Celebração no Serviço Jesuíta aos Refugiados Apesar de longe da família, da casa, do seu ambiente, o Natal acontece também entre imigrantes e refugiados. O Serviço Jesuíta aos Refugiados antecipa hoje, a partir das 19 horas, na Igreja do Colégio de S. João de Brito, no Lumiar, a celebração do Natal. A proposta é uma Celebração ecuménica da Palavra, seguido de um jantar partilhado, “por aqueles que têm algo para partilhar junto de quem tem menos para dar”, destaca à Agência ECCLESIA, Rosário Farmhouse, Directora do JRS- Serviço Jesuíta aos Refugiados, em Portugal. Leituras em português e em russo, cânticos africanos e a oração dos fieis em várias línguas também, compõem uma multi culturalidade, sinónimo da diversidade a que o JRS já está habituado, onde a principal mensagem a passar é “não estão sós”. Presentes a conduzir a celebração ecuménica estarão o Pe. Nuno Gonçalves, provincial da Companhia de Jesus, o Pe. Arseni Sokolov da Igreja Ortodoxa, o Pe. Ivan Hudz, capelão dos ucranianos e o Pe. Dex, capelão dos africanos. Será uma celebração multilíngue, com pessoas de várias proveniências para celebrar este dia, para que se sintam mais em família, “mesmo estando longe da sua família de sangue”. Neste tempo de advento importa lembrar que sem a família por perto “todos somos uma família e podemos celebrar conjuntamente o Natal”, independentemente das diferenças de línguas e ritos. Da sua experiência, Rosário Farmhouse recorda a boa adesão dos imigrantes a propostas como esta. Este é um dia especial para os imigrantes e refugiados. “Tanto, que chegam a perguntar quando vai acontecer”, explica a directora. Quando se está só, as oportunidades de celebração são sempre aproveitadas, e as relações que se estabelecem são para durar. Aos já conhecidos, acrescem os que chegam porque tiveram conhecimento. Este é um encontro “não exclusivo para os utentes do JRS, mas para todos os imigrantes que queiram participar”, sublinha Rosário Farmhouse. Este é tempo para um carinho, não redobrado, mas sempre presente. “É uma fase em que os imigrantes e refugiados se sentem também mais pressionados, especialmente os que têm filhos, para algum consumismo e por isso sentem as necessidades mais na pele”. Também no Centro Pedro Arrupe, a noite de Natal será também “em família alargada”. Este Centro destina-se a acolher imigrantes sem abrigo em situações de emergência. Na Sexta feira, dia 21, haverá uma celebração para os voluntários e residentes do centro. Na noite de 24, porque os profissionais também têm compromissos pessoais, “estamos a tentar organizarmo-nos entre voluntários e técnicos”, para que em noite de Natal, o cunho seja familiar.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top