Natal: «É preciso apontar a todos um horizonte de fé, de esperança e de caridade» – Bispo de Viseu

D. António Luciano pede que aos católicos «não» tenham «medo de ir à Igreja e participar nas celebrações festivas do Natal», cumprindo regras da CEP e DGS

Viseu, 21 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirma, na sua mensagem de Natal para 2020, que é preciso “semear a esperança cristã” e fazer nascer nas pessoas e famílias “a alegria, a ternura, a luz e a beleza do amor que irradiou” em Belém.

“A pandemia desmascarou a vida humana e mostrou-nos as suas fragilidades e vulnerabilidades, mas agora é preciso apontar a todos um horizonte de fé, de esperança e de caridade”, escreveu D. António Luciano.

O bispo de Viseu indica que diante desta “crise sem precedentes”, o imperativo ético “fala mais alto da partilha com a Cáritas, IPSS e outras instituições carecidas de ajuda”.

Segundo D. António Luciano, a ajuda dos pobres, a defesa dos inocentes, a proteção aos perseguidos, aos que sofrem “reclama de todos” o respeito pelos direitos humanos e pelos valores universais do “amor, justiça, tolerância, fraternidade, solidariedade, partilha e paz”.

O respeito por cada pessoa e pelos povos que sofrem a violência, a guerra, a opressão, a exclusão social, ou a morte, como acontece em Cabo Delgado, em Moçambique, na Síria, no Líbano, na Nigéria e em tantos países onde é preciso fazer acontecer o Natal de Jesus. Destruindo as trevas, façamos brilhar a luz, na justiça e na paz”.

No contexto das “dificuldades” da pandemia de Covid-19, o bispo de Viseu alerta para a “experiência de um estigma social visível na fragilidade e na vulnerabilidade” provocam o medo de todos serem “infetados” pelo coronavírus e salienta que os profissionais de saúde e outros foram chamados a “cuidar as feridas humanas, psicológicas e espirituais dos infetados, com grande sabedoria e altruísmo”, e o aumento de mortes levou a Igreja e a humanidade “a ter mais sentimentos de compaixão, de oração, de amizade, de fortaleza, de proximidade e de resiliência”.

“Jesus sentiu-se um excluído da sociedade, do seu povo. Identificou-se verdadeiramente com os pobres e os marginalizados da sociedade. Só os pastores deram conta da sua presença em Belém, venceram a indiferença e partiram apressadamente e encontraram um Menino deitado numa manjedoura, na companhia de Maria, sua Mãe, e de São José”, desenvolveu.

D. António Luciano explica que o  tempo do Natal é, “por excelência, o tempo da vida nova”, que cria verdadeiras relações familiares, de amizade e de fraternidade social, por isso, ao contemplarem “o Senhor da vida, da história e da família” pede que digam: “Bom dia”! “Boa tarde”! “Boa noite”!

Foto: Diocese de Viseu

O acolhimento de Jesus na nossa vida, leva-nos a tecer a manta da confiança e da esperança, que nos abriga do frio, da tristeza e da solidão que se abateram sobre as nossas aldeias, vilas e cidades, onde a pobreza envergonhada começa a chegar”, acrescenta o bispo de Viseu, observando que “a humanidade esqueceu-se de Deus e ignora a sua presença”.

Na mensagem de Natal para a Diocese de Viseu, o indica que as celebrações festivas desta quadra “serão vividas” de acordo com as orientações pastorais da nota ‘Celebrar o Natal em tempo de pandemia’, da Conferência Episcopal Portuguesa, e no cumprimento das normas do Governo português e da Direção Geral de Saúde.

D. António Luciano pede também às pessoas que não tenham “medo de ir à Igreja e participar nas celebrações festivas do Natal”; “não sendo permitida o rito do beijar ou tocar o Menino Jesus”, no final da Eucaristia podem “fazer um ato de adoração”.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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