Em tempo de Natal, a mensagem mais adequada a esta vivência passa pela atenção aos outros, em particular no sector da saúde, porque «toca a relação com as pessoas em momentos muitas vezes críticos, outros de muita sensibilidade e afectividade», disse D. António Carrilho aos participantes no encontro promovido pela Associação Católica dos Enfermeiros e Profissionais de Saúde, Sindicato e Ordem dos Enfermeiros na Madeira, realizado na Quinta das Rosas. Com os presentes reflectiu ainda sobre algumas questões como «o que se pode e deve fazer» para que a mensagem de Cristo se possa expandir a toda a sociedade e ao mundo, durante todo o ano e não apenas nesta época. «É evidente que esta assistência, com este espírito e de serviço fraterno, não é só para uma quadra; mas somos estimulados quando vivemos com intensidade um tempo litúrgico como este» «Considero que temos alguma coisa a fazer na humanização dos cuidados relativos à assistência aos doentes e a promover aquele sentido do amor-caridade, serviço que o tempo do Natal sugere de modo particular e para o qual aponta», sublinhou. Na sua intervenção, o Bispo do Funchal deu também a conhecer o Secretariado para a pastoral da saúde, no âmbito da reestruturação de outros serviços diocesanos; e lembrou os documentos já publicados em matéria de «comunhão, participação e corresponsabilidade» para a Igreja diocesana, pois, conforme disse no final aos jornalistas «quero uma diocese em que as pessoas se sintam parte dela, em que sintam a Igreja como sua família». Ainda sobre o Natal, D. António Carrilho falou da verdadeira festa e apelou para «não nos deixarmos envolver de tal maneira naquilo que é exterior, para perder o sentido do interior; é preciso viver o Natal na- quilo que é a sua razão de ser», ou seja, «um Natal de Festa com Cristo no centro, com sentido de projecto, de vida, de relação, de comunhão, de solidariedades, de paz, etc., o que nem sempre é fácil e que muitas vezes é obnubilado pelas circunstâncias exteriores».