Natal: D. Manuel Linda apela a uma «revolução da ternura»

Na mensagem natalícia, Bispo do Porto propõe também “uma sensata tomada de consciência”

Foto: VP

Porto, 16 dez 2025 (Ecclesia) – O Bispo do Porto, D. Manuel Linda, apela, na mensagem para o Natal de 2025, a uma “revolução da ternura” que tenha início “a partir das realidades simples”.

“Nas relações pessoais com quem conhecemos, no interior da família, no mundo do trabalho, no círculo das relações, na vida da Igreja”, lê-se na mensagem natalícia enviada à Agência ECCLESIA.

No documento, D. Manuel Linda pede aos diocesanos que se deixem cativar “pela nova linguagem do presépio”.

“Somos atraídos por aquele clima bucólico de animais, pastores, lavadeiras, padeiros; tornamo-nos crianças perante cenas que nos falam de harmonia e ternura. Tornamo-nos crianças… porque perdemos a ternura das crianças. E sem ternura, não vamos lá”, realça.

Sem ternura, a infância seria “nascer sem graça; as brincadeiras de criança, competições de guerra; os sonhos da adolescência, um treino para a luta contra o mundo; os namoros juvenis, domínio e posse; a família, um calvário de violência; a empresa, uma luta de classes; o ministério sacerdotal, uma função de sobas; as redes sociais, uma metralhadora «legal»; a sociedade, um barril de pólvora; a cooperação internacional, uma miragem; a relação entre as nações, o exercício da lei da selva; a guerra, particularmente a atómica, um terror bem por cima da nossa cabeça”.

Este Natal de 2025, após um “belo ano de jubileu, pode constituir o momento para uma sensata tomada de consciência”.

Na sinalética da vida, “pode ser a altura propícia para olhar em frente e descobrir os sinais que nos indicam a verdadeira via a ser seguida”.

A revolução da ternura “é possível e necessária”, completa o Bispo do Porto.

LFS

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