Natal: D. José Policarpo elogia «amor virginal» ao serviço de Deus e da Igreja

Cardeal-patriarca evoca exemplo da maternidade de Maria

Lisboa, 25 dez 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa elogiou hoje as mulheres que optam pelo “amor virginal”, à imagem de Maria, para uma entrega de “todo o ser a Deus”, ao serviço da Igreja.

“Elas são uma multidão, em todos os tempos, lugares e culturas, que consagraram tudo a Cristo, a sua capacidade de amar, o seu desejo de fecundidade que, como Cristo, concretizam nesta aventura, ainda não terminada, da salvação do mundo. Só Deus conhece os frutos maravilhosos desse amor virginal”, disse D. José Policarpo, na homilia da missa do Galo a que presidiu na Sé da capital portuguesa.

O patriarca de Lisboa admitiu que a maternidade de Maria é um facto “surpreendente e único”, por ser “virginal”.

“Nos termos da genética humana estes termos, maternidade e virgindade, excluem-se mutuamente”, assinalou, antes de referi que “o amor de Deus é criador, pode fecundar e fazer germinar a vida”.

“O Homem, que é Filho de Deus, só pode ser gerado pelo amor de Deus”, precisou.

Em Maria e no menino, declarou D. José Policarpo, “está contido o futuro da história humana, continuamente atravessada pelas fragilidades humanas e pelo amor criador e transformador de Deus”.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa observou que “no Presépio de Belém, a grandeza é a do amor virginal, fecundo, daquele casal humilde, com a grandeza da linhagem de David”.

“Estão numa gruta porque não havia lugar para eles nas hospedagens deste mundo, mas sobretudo porque o seu palácio real é o Santuário de Deus”, prosseguiu.

Segundo o cardeal-patriarca, o elemento decisivo do amor virginal “não é a renúncia mas a entrega total de todo o ser, no corpo e no espírito, com todas as capacidades e desejos, ao amor de Cristo: há renúncia, porque há entrega sem limites”.

OC

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