Na primeira carta aos diocesanos, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco sublinha que, ao longo do ano jubilar, “foi-nos dado viver um tempo de renovação da esperança”.

Portalegre, 15 dez 2025 (Ecclesia) – O Bispo de Portalegre-Castelo, D. Pedro Fernandes, escreveu a primeira carta aos diocesanos e realça que, ao longo deste ano jubilar, “foi-nos dado viver um tempo de renovação da esperança, na consciência de que somos caminhantes, peregrinos que sabem que têm uma meta”.
O jubileu é “um precioso tempo de Graça para reavivar a possibilidade de recomeçar, apesar de tantas vezes nos sentirmos cansados ou desalentados diante dos tropeços e pesos do caminho”, lê-se na mensagem de Advento e Natal enviada à Agência ECCLESIA.
Se este tempo de jubileu teve “tanto sentido é precisamente porque nos relança na alegria de sermos peregrinos portadores de esperança e sentido num mundo tão cansado de injustiça, violência e desequilíbrios de toda a espécie”, alertou D. Pedro Fernandes.
Nos “pequenos mundos” que são as vidas pessoais, familiares e comunitárias, também “não falta esta marca do sofrimento, dos desequilíbrios e pecados que nos magoam e dificultam a agilidade do caminhar”.
Por isso, continua a fazer sentido viver o tempo do Advento “como oportunidade sempre nova de reavivar as razões da nossa esperança, partilhando-as com os outros”, escreveu o Bispo de Portalegre-Castelo Branco.
A mesa da fraternidade universal, de que os cristãos são testemunhas e arautos, funda-se “nesta certeza de fé de sermos todos irmãos e irmãs, porque todos enraizados em Cristo e por Ele unidos ao mesmo Pai”.
O mundo tem “muitas sementes do Verbo de Deus, muita gente de boa vontade que se esforça por construir a paz, ser sinal de unidade, defender a integridade da casa comum, pela preservação do ambiente e da justiça para todos”, todavia seria “ingénuo fechar os olhos aos horrores da guerra de povos que agridem outros povos, ou da violência de pessoas que ferem pessoas, muitas vezes no seio desse santuário de vida que deveria ser sempre a família”.
“Crescem os discursos de ódio, também nas nossas sociedades europeias, que propõem soluções demasiado fáceis para problemas demasiado complexos, respostas simplórias e enganosas e, por isso mesmo, perigosas para o bem-estar e para a justiça social”, acrescenta o bispo.
“Ao encerrarmos o Ano Jubilar, também na nossa diocese, não esqueçamos que a Graça que este tempo nos trouxe, como tudo aquilo que vem de Deus, encerra em si uma imensa responsabilidade, que só podemos assumir porque nos sabemos alicerçados na fidelidade do Espírito Santo”.
LFS
