D. Manuel Clemente sublinha importância da solidariedade
Lisboa, 26 dez 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa defendeu que a celebração do Natal implica que se responda a quem pede “pão, agasalho e companhia”, na sociedade de hoje.
“Assim ressoa o Verbo, porque assim mesmo incarnou e incarnado nos acompanha e aguarda. É este o Natal celebrado e este há de ser o Natal cumprido”, declarou D. Manuel Clemente, na homilia da Missa do dia de Natal a que presidiu na Sé de Lisboa.
A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sublinhou que o Cristianismo é mais do que uma “religião do livro”, apresentando-o como “religião do Verbo incarnado, não simplesmente os leitores de textos originais ou traduzidos”.
“Que importante é continuarmos o Natal do Verbo incarnado, com a sua assimilação pessoal e comunitária”, sustentou.
D. Manuel Clemente convidou a ir ao encontro de quem “está só”, dos que não têm quem repare neles, dos que irrompem pelo “ecrã mediático, a partir de tantas tragédias do mundo”.
Antes, na Missa da Noite de Natal, o cardeal-patriarca tinha recordado os dramas dos refugiados e dos mais frágeis da nossa sociedade.
“Em que leito descansam os fugitivos de todas as Alepos de agora? Em que leito, os sem-abrigo da nossa cidade? Em que leito, os mal alojados e os desalojados do pouco teto que tinham e tiveram de deixar, ainda sem alternativa minimamente capaz?”, questionou.
D. Manuel Clemente espera que o espírito do Natal seja sempre “retomado na sua verdade e autenticidade, sem contrafações por excesso ou diferença”.
“Que de Natal em Natal haja mais ‘lugar na hospedaria’, para que seja verdadeira a celebração e mais autêntica a sociedade”, desejou.
OC