Organização católica ajuda famílias na «alimentação, saúde, aluguer de casas»
Lisboa, 16 dez 2020 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai apoiar os cristãos do Líbano, Síria e Iraque com a campanha de Natal 2020, numa zona do mundo “prioritária” para a organização católica.
“O Médio Oriente tem sido uma zona muito fustigada nos últimos anos com milhões de refugiados, com milhões e milhões de pessoas que precisam da nossa ajuda. E através dos nossos parceiros, nomeadamente nestes países temos vários milhares de famílias que estamos a apoiar mensalmente”, disse à Agência ECCLESIA a diretora do secretariado português da AIS, em entrevista emitida hoje na RTP 2.
Catarina Martins Bettencourt realçou a ajuda a famílias no Líbano, na Síria e no Iraque para alimentação e saúde, o “combustível para eles se poderem aquecer” ou o aluguer de casas.
A responsável destaca que a fundação pontifícia AIS quer ajudar estas famílias “a ter um Natal melhor, com alguma esperança”: “Dar esperança num futuro melhor e ajudá-los a saber que não estão sós”.
Catarina Martins Bettencourt assinala que, “apesar de todas as dificuldades que o mundo está a viver”, é preciso lembrar os “irmãos na fé” nestes países, que estão a passar por tantas dificuldades e, para além da pandemia Covid-19, “têm a questão da perseguição religiosa”.
Para a diretora do secretariado português da AIS, os cristãos do Ocidente podem “fazer esta ligação e lembrar todos que vivem dificuldades” em países onde “não há a liberdade religiosa, não há de forma alguma fazer ou estar presente numa Missa, ter acesso a um livro, literatura religiosa da sua confissão”.
A entrevistada destacou, da campanha de Natal, o testemunho de dois frades que ficaram “com cerca de 300 famílias cristãs” em Idlib, uma zona da Síria “que continua ocupada por jihadistas, subjugados à leia da ‘sharia’” (lei islâmica), e “mostram sentido de entrega ao outro, de serviço, de generosidade”.
O catálogo de Natal da fundação pontifícia apresenta diversos produtos que são “uma forma muito concreta de ajudar quem está a passar por tantas necessidades”, nomeadamente no Líbano, Síria, Iraque.
Alguns destes objetos são provenientes de regiões do Médio Oriente, muitas vezes feitos de forma artesanal.
Catarina Martins Bettencourt realça que, ao adquiri-los “a estas comunidades cristãs que vivem nestes países”, a AIS está “a ajudá-las no seu próprio sustento, para poderem permanecer” na sua terra natal.
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