Natal: Bispo do Porto deseja «humanidade comum» sem guerra

D. António Francisco dos Santos elogia acolhimento a refugiados

Porto, 25 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo do Porto elogia na sua mensagem de Natal o acolhimento de refugiados na diocese e apelou à construção de uma “humanidade comum” sem guerra.

“Somos chamados a construir com eles um Mundo melhor e uma Humanidade comum onde não haja violência, nem guerra, nem perseguição e onde a Europa cristã possa ser casa, abrigo de todos os que não têm pátria, e refúgio seguro para todos os que sonham com a liberdade e procuram a paz”, escreve D. António Francisco dos Santos.

O texto, enviado à Agência ECCLESIA, é também assinado pelos bispos auxiliares da diocese, D. António Bessa Taipa e D. Pio Alves.

A mensagem recorda a chegada dos primeiros refugiados da Síria, em outubro, a viver em Ovar, e o acolhimento de uma família pela Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, que vão poder assim passar um Natal “diferente”.

“Tem de ser, graças a eles, diferente, também, para nós este mesmo Natal, para que os nossos presépios transformem o desespero que bate à porta da Europa em portas de esperança para o Mundo”, acrescenta D. António Francisco dos Santos.

A mensagem deixa votos de que a celebração do Natal não se limite a um dia, a um gesto ou aos “aos sinais externos da festa”, com o “apressado ritmo do consumismo”.

“[O Natal] não se limita à habitual troca de prendas nem se confina aos gestos sinceros e solidários que, por uns momentos, nos fazem membros de uma sociedade fraterna e habitantes de um mundo de sonho”, pode ler-se.

Para o bispo do Porto, há nesta diocese belos sinais de Natal nas famílias e nas instituições solidárias.

“São, neste tempo, na nossa Diocese, muitos os cabazes de Natal distribuídos, muitos os apelos à generosidade respondidos, muitas as famílias reunidas e unidas, muitas as ceias de Natal organizadas! Demos graças a Deus por isso”, apelam os responsáveis.

A mensagem convida a transformar estes momentos de festa e estes gestos solidários em “verdadeiro Natal, que celebre o nascimento de Jesus e signifique o nascimento de vidas novas, diferentes e felizes para tanta gente”.

“O Natal é Jesus! É Jesus nascido na humilde manjedoura dos subúrbios da cidade, que os nossos presépios recordam e representam”, sustenta D. António Francisco dos Santos.

OC

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Agência ECCLESIA

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