D. António Carrilho apela à partilha e solidariedade perante a crise
Funchal, Madeira 23 dez 2013 (Ecclesia) – O bispo do Funchal evoca na sua mensagem de Natal os “dramas e dificuldades da vida presente” e pede às comunidades católicas que disponibilizem tempo, afeto e acolhimento a quem mais precisa.
“Neste tempo de especial ternura, partilha e encontro, o nosso afeto aos mais carenciados de amor ou de bens materiais, o nosso tempo oferecido gratuitamente na escuta e acolhimento aos mais pobres e abandonados, são o timbre natalício que transfigura a vida e nos devolve a alegria e ambiência da intimidade da gruta de Belém”, considera D. António Carrilho na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Os votos de boas festas do prelado são destinados a todos os diocesanos, mas lembra “particularmente” os emigrantes, as crianças e os jovens, os idosos, os doentes, os reclusos ou seja “quem mais sofre e precisa de uma palavra de carinho e um gesto de conforto”.
D. António Carrilho cita o Papa Francisco que desafia à “revolução da ternura e do afeto” na exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’ (n.º 288), e apela a que se diga “não à cultura do desperdício”, porque Jesus “perpassa a história da Humanidade” apontando caminhos de “humildade, simplicidade, desprendimento e serviço fraterno”.
O prelado recorda o tempo litúrgico do Natal na sua diocese com “contornos de beleza e originalidade muito peculiares”, em concreto na vivência em família porque “atrai e congrega os seus membros, favorece o encontro e a convivência, une os sentimentos e corações”.
“Que o Natal não seja apenas mais um acontecimento social que possa fazer esquecer os dramas e dificuldades da vida presente”, é outro dos apelos que D. António Carrilho faz na mensagem “Celebrar e viver o Natal!”, também publicada na página na internet da diocese.
O bispo do Funchal assinala o “tempo de grave crise social e económica, que a todos afeta” antes de renovar o “convite jubiloso”: “Vamos a Belém! Alegrai-vos, Jesus nasceu para nós! É que, com a Encarnação do Filho de Deus, a grandeza e a dignidade da vida humana encontram um novo sentido e um novo projeto, que importa conhecer, respeitar e promover”.
CB/OC