Natal: Bispo do Algarve apela a «corresponsabilização pessoal e social» pelos outros

D. Manuel Quintas pede manutenção do espírito da quadra ao longo do ano

Faro, 23 dez 2013 (Ecclesia) – D. Manuel Quintas, na mensagem de Natal à diocese do Algarve destaca que esta celebração renova a “corresponsabilização” pelo “semelhante” um “testemunho de caridade” que deve perdurar para além desta quadra e do tempo de crise.

“A celebração do Natal vem renovar em todos nós a corresponsabilização pessoal e social pelo nosso semelhante. Se é verdade que o apelo à vivência dos valores associados a esta quadra natalícia, ultrapassa o âmbito de quantos acolhem e seguem a mensagem de Cristo, esta atitude deve refletir-se permanentemente na vida e no testemunho pessoal de cada cristão”, alerta o bispo do Algarve.

“Acolher e encontrar Cristo que é a decisão que somos chamados a assumir em cada Natal, conscientes de que a intensificação do testemunho da caridade não pode limitar-se a esta quadra festiva, nem ocasionalmente a tempos de crise”, desenvolve D. Manuel Quintas na mensagem divulgada hoje.

O prelado, que cita a exortação apostólica “A alegria do Evangelho” do Papa Francisco, aponta “caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”, assinalando “de diferentes modos”, o que se pode “definir como o espírito mais genuíno desta quadra festiva”.

“O movimento, contínuo e sem retrocesso, de Deus para a humanidade, que o Natal cada ano evoca e celebra constitui um apelo contínuo ‘a superar a suspeita, a desconfiança permanente, as atitudes defensivas que impõe o mundo atual’”, escreve o bispo do Algarve na mensagem de Natal, através da exortação apostólica.

“O Evangelho convida-nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que interpela, com os seus sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria contagiosa permanecendo lado a lado”, assinala ainda do número 88 da “Alegria do Evangelho”.

Nesse sentido, D. Manuel Quintas considera que para “partilhar a vida” e cada um dar-se “generosamente” é preciso reconhecer que “cada pessoa é digna de dedicação, não pelo seu aspeto físico, capacidades, linguagem, mentalidade ou pelas satisfações que pode dar mas porque é obra de Deus, criatura sua”.

Um apelo que o prelado explica que “deve ser igualmente acolhido a nível eclesial e comunitário” por isso, “a alegria e a paz” dos votos natalícios próprios da época devem comprometer cada um “a ser ‘dom para os outros’ à semelhança de um Deus-connosco que se faz ‘dom’”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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