«Precisamos de construir o presépio no coração de cada pessoa humana, nas nossas famílias, na Igreja e no mundo» – D. António Luciano

Viseu, 26 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirmou que o “Natal é a festa da vida e do amor”, e pediu para proclamar “o valor e a dignidade da vida humana desde o momento da conceção até à morte natural”.
“Ao olhar para o nosso mundo dilacerado e marcado por tantas guerras, injustiças, situações negativas de vida e mesmo experiências de mortes inocentes, proclamemos o valor e a dignidade da vida humana desde o momento da conceção até à morte natural. O respeito pela vida humana ao longo do percurso da nossa vida como um valor inviolável e sagrado deve ser promovido e anunciado no Evangelho da Vida”, disse D. António Luciano, na homilia da Missa do Dia de Natal, enviada esta sexta-feira, 26 de dezembro, à Agência ECCLESIA.
O bispo de Viseu pediu aos diocesanos que vivam este Natal “valorizando o essencial na vida, dando primazia aos valores humanos, éticos e espirituais”, menos espaço ao consumismo e ao materialismo, “cultivando um caminho de mais proximidade com Deus e com os irmãos”.
“O verdadeiro Natal é sempre uma festa de fé, de esperança e de caridade, centrada na pessoa de Jesus, o Salvador do mundo.”
D. António Luciano explicou que Jesus nasceu numa noite fria e escura, “envolvido num mistério de luz e de salvação”, para mostrar ao mundo “o valor da vida em pobreza, humildade e simplicidade”, e salientou que “a graça recebida no batismo, fez filhos de Deus e irmãos de Jesus Cristo”.
“A celebração do Natal convida-nos a partilhar a vida com palavras novas, gestos de esperança e de solidariedade, na prática da justiça, da verdade e no respeito pelos nossos irmãos. Jesus apresentou-se na vida de uma criança humilde e pobre, para se revelar como Salvador do mundo”, acrescentou, salientando que “o Natal é a festa da vida e do amor”.
“Neste Natal vivamos esta filiação divina na proximidade com Deus e com os irmãos, principalmente as crianças, os jovens, os pobres, os doentes, os presos, os excluídos, os vulneráveis, os sem-abrigo, os perseguidos, os refugiados e os migrantes.”
Segundo D. António Luciano, é preciso “construir o presépio no coração de cada pessoa humana”, nas famílias, na Igreja e no mundo, “com sentimentos renovados e gestos proféticos”, por isso, pediu que edifiquem “pontes de diálogo na proximidade”, criando novas relações fraternas e solidárias com os irmãos.
“Partilhemos os presentes com os nossos irmãos mais desfavorecidos, o pão com os pobres e o serviço na missão que a Igreja nos confiou, porque Jesus nasceu pobre para nos enriquecer a todos com a sua pobreza”, acrescentou o bispo de Viseu na Missa do Dia de Natal, onde pediu que se tornem ‘Protagonistas da Mudança’ nas comunidades, “anunciando ao mundo a vida de Jesus”.
O bispo de Viseu, como na Mensagem de Natal, renovou o convite aos cristãos e pessoas de boa vontade para o encerramento solene do Ano Santo Jubilar da Esperança na diocese, na Eucaristia deste domingo, dia 28 de dezembro, às 15h30, na catedral, onde celebrarão também a festa da Sagrada Família.
“Vamos rezar pela paz no mundo e pelo fim da guerra em tantas nações. Imploremos do “Príncipe da Paz” o amor verdadeiro e a ternura dos afetos capazes de construírem a “comunhão, a participação e a missão”. Sejamos Protagonistas da Mudança, servidores da Esperança e construtores da Paz anunciada pelo Anjo aos pastores.”
CB
