Natal: Bispo de Vila Real pede que luz que nasceu em Belém «ilumine os que se julgam senhores dos povos e donos do mundo e os converta à paz»

«Que o Menino de Belém converta os corações de todos para descobrirem que a guerra só gera destruição e sofrimento e nega o futuro sobretudo às crianças e aos mais jovens» – D. António Augusto Azevedo

Foto: António Carvalho

Vila Real, 27 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real presidiu à Missa da Solenidade de Natal do Senhor, na Catedral diocesana, lembrando os povos “que vivem mergulhados em guerras” e “o clima de tensão e polarização” das sociedades.

“A luz que nasceu em Belém é também luz de Paz”, afirmou durante a homilia D. António Augusto de Azevedo, que referiu que na conjuntura atual marcada por conflitos, a mensagem que Deus envia é de “apelo à paz”,referiu, numa homilia divulgada pela Diocese de Vila Real.

“Que essa luz ilumine os que se julgam senhores dos povos e donos do mundo e os converta à paz. Que o Menino de Belém converta os corações de todos para descobrirem que a guerra só gera destruição e sofrimento e nega o futuro sobretudo às crianças e aos mais jovens”, acrescentou o responsável católico.

D. António Augusto Azevedo abordou a dimensão de “fraternidade” da luz de Belém, indicando que o Menino que nasceu “no meio da Pobreza” convida “a olhar com mais atenção para os mais pobres, os sem-abrigo, os que estão sós ou nas periferias da sociedade”.

O bispo de Vila Real enfatizou o facto de se “acentuarem os privilégios de alguns com acesso ao poder e aos media, em contraste com o manto de silêncio e indiferença face à situação de muitos outros, reduzidos a meros números nas estatísticas”.

“A luz do Natal aquece os nossos corações com um forte sentimento de fraternidade. Se Jesus quis ser nosso irmão, aprendamos a olhar o rosto do outro como nosso irmão. Saibamos respeitá-lo, acolhê-lo e conviver com ele como nosso irmão, independentemente da sua condição, raça ou cultura”, pediu.

Sobre a luz de vida que nasceu em Belém, D. António Augusto Azevedo destacou que ela ajuda a reconhecer os “tantos dramas humanos desvalorizados” e compromete a estabelecer uma causa prioritária: “criação de condições para que as mães possam dar à luz os seus filhos”.

Celebrar o Natal, fazendo memória das circunstâncias em que Maria e São José acolheram o Menino, deveria levar-nos a uma nova atitude e compromisso perante a vida. Concretamente, deveria mobilizar a sociedade para apoiar os jovens casais para que possam realizar os seus projetos de vida, acedendo à habitação, a emprego digno e estável, e sobretudo a terem a possibilidade de formar uma família com filhos”.

De acordo com a Diocese de Vila Real, no início da homilia, o bispo diocesano, que partiu do Evangelho João (1,1-18) – que diz que “o Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo ilumina todo o homem” – lembrou que o “nascimento de Jesus é a mais bela e a mais importante das histórias” e que celebrar o Natal é acolher a luz – que tem a marca do “amor de Deus” – que brilha para todos e quer iluminar a todos.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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