D. António Augusto Azevedo convida a superar perigo de assinalar «evento anónimo, impessoal ou ficcional»
Vila Real, 15 dez 2021 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real afirmou que o Natal “é um tempo especial de celebração da vida e da humanidade”, para os cristãos e para as pessoas de boa vontade.
“Colocar o rosto e o nome de Jesus no centro do Natal permite-nos contemplar o rosto surpreendentemente humano de Deus e inspira-nos a olhar de outra forma para o rosto do cada ser humano”, escreve D. António Augusto Azevedo, na mensagem para o Natal de 2021, enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo de Vila Real indicaa que o Natal tem o rosto e o nome de “Jesus, Filho de Maria”, nascido no presépio de Belém, por isso, “não celebra um evento anónimo, impessoal ou ficcional”, mas relata uma história concreta que as crianças têm direito a escutar e os adultos precisam de recordar.
“Conta-nos a história de uma vida que veio do céu para habitar nesta terra, a aventura de uma família que teve de superar dificuldades para acolher o seu filho e relata-nos a festa que inundou os corações dos que ouviram o anúncio daquele nascimento. A história do nascimento de Jesus é um grande hino à vida e à humanidade”, acrescenta.
Segundo D. António Augusto Azevedo, a mensagem do presépio ensina a “olhar o outro com mais ternura e amor”, a respeitar o seu nome e a sua dignidade, “a reconhecer as suas fragilidades e sofrimentos”, e a vivência do Natal neste “espírito mais genuíno” é uma experiência que permite “vislumbrar o mistério de Deus e aproximar mais da humanidade”.
O bispo de Vila Real destaca que a celebração do Natal “é motivo de renovada alegria para todos” e para os cristãos e para os homens e mulheres de boa vontade “é um tempo especial de celebração da vida e da humanidade”.
“Não se reduz a um tempo de férias, a um interregno no ritmo do quotidiano, mas é um tempo singular, cheio de tradições e vivências únicas e das mais belas das nossas vidas”, indica.
Na mensagem ‘Natal, hino à vida e à humanidade’, D. António Augusto Azevedo dirige-se às famílias, aos mais jovens e às pessoas mais idosas e manifesta a “solidariedade” a quem passa por situação de carência, de pobreza ou desemprego, às que vivem a provação da doença ou do luto pela perda de um ente querido, apelando que “renovem a sua confiança em Deus”.
O bispo de Vila Real lembra também os migrantes – que partiram desta diocese e vivem agora noutras zonas do país, da Europa ou do mundo, e os que vieram de outros países – e destaca a “esperança trazida por Deus” para as pessoas que “interiormente se sentem injustiçadas, incompreendidas ou marginalizadas”, quem está desanimado ou zangado com a vida e os que estão “desencantados com a humanidade”.
CB/OC